Morte de Jonhliane completa um mês: “Saudade é grande”, diz mãe

A morte trágica da jovem Jonhliane Paiva, aos 30 anos, completa 1 mês neste domingo (6). Ela seguia para o trabalho, numa manhã de quinta-feira, quando foi atropelada por uma BMW conduzida pelo fisioterapeuta e filho de ex-juiz no Acre, Ícaro Teixeira Pinto, na Avenida Antônio da Rocha Viana.

Parentes e amigos da jovem relatam a saudade. “Saudade é grande de você minha eterna filha”, comentou a mãe, Salony Paiva, em um post que relembrava a morte de Jonhliane.

Até o momento, as investigações da Polícia Civil apontam que a trabalhadora foi vítima de um racha disputado entre Ícaro e Alan Paiva. Imagens de uma câmera de segurança mostram os dois em alta velocidade poucos minutos antes do acidente fatal.

Os dois supostos envolvidos estão presos. Mas antes disso, Ícaro foi flagrado em Fortaleza (CE), em uma praia na companhia de sua namorada, que estava no veículo no momento do atropelamento, o que levantou a sensação de impunidade e ondas de protestos, na internet e presencialmente, pela família e amigos.

A namorada de Ícaro, Hatsue Said Caruta Tanaka, confirmou que eles haviam consumido bebida alcoólica em uma festa na noite anterior ao crime, eles haviam acabado de sair quando atropelaram Jonhliane. Eles brigavam no carro. Os dois foram flagrados andando calmamente após o crime, em uma rua, de mãos dadas. Eles teriam sido resgatados por um amigo, Diego Gurgel, que deu a fuga ao casal. Diego é o promoter da festa em que Ícaro estava e imagens mostram bebida e até mesmo o anfitrião com uma arma.

Ícaro e Alan foram indiciados pela morte de Jonhliane/Foto: reprodução

Diego foi preso dias depois, dirigindo bêbado e acusado de, ao tentar fugir da polícia, tentar atropelar dois policiais.
Ele assumiu ter dado a fuga à Ícaro e Hatsue, mas alegou não saber do acidente. O promoter é envolvido em pelo menos cinco processos.

Mas Diego não é o único nessa história que traz em seu histórico envolvimento com a justiça, Ícaro foi denunciado na Bahia, por supostamente ter agredido dois turistas italianos. O Ministério Público do estado chegou a pedir a condenação de Ícaro por lesão corporal.

Ícaro foi preso dias depois, em uma barreira montada no Posto da Tucandeira. Alan, também foi preso no dia 4 de setembro, na casa da irmã. Nenhum deles resistiu à prisão.

A defesa de Alan tenta provar que ele não está envolvido no acidente, ele dirigia um New Beatle (novo fusca) e conforme a perícia, havia sido adaptado para alcançar alta velocidade. Apesar da negativa dos advogados, na última sexta-feira (4), por meio de um mandado de busca e apreensão cumprido na casa da família, foram encontrados os equipamentos que supostamente, conforme perícia do Detran, teriam sido retirados do veículo após o acidente, na tentativa de esconder provas da participação.

Ícaro está preso no quartel do Bope, não foi encaminhado ao presídio por supostamente ter sofrido ameaças de morte por parte de uma determinada facção criminosa. Já Alan, está no presídio Francisco de Oliveira Conde.

Os dois tentaram ter suas prisões revogada, mas até o momento, os pedidos foram negados.

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