Quem pretende fazer uma previdência privada pode pagar menos Imposto de Renda no próximo ano se aderir a um plano ainda neste mês.
O benefício, no entanto, só é concedido para o contribuinte que declarar IR no modelo completo (indicado para quem tem muitas despesas) e optar por uma previdência do tipo PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre).
Caso já tenha uma previdência privada, também dá para pagar menos imposto em 2021. Basta fazer um aporte adicional.
É possível economizar R$ 3.300
Algumas ferramentas de mercado possibilitam avaliar qual a melhor opção de plano para o investidor. O BTG Pactual disponibiliza em seu site um simulador gratuito para consulta. Além disso, simulações feitas pela plataforma indicam que, para quem ganha R$ 100 mil por ano (R$ 8.333 por mês), a economia fiscal com o aporte máximo permitido no PGBL, de R$ 12 mil por ano, vai ser de R$ 3.300 na declaração do IR.
Até quando fazer?
É importante fazer uma previdência nova ou um aporte numa previdência já existe até 30 de dezembro para poder usar o benefício no Imposto de Renda de 2021.
Se a movimentação for feita em janeiro, aí o desconto no IR ocorrerá apenas na declaração de 2022.
Por que PGBL?
Porque pode deduzir do IR os investimentos em previdência em até 12% da sua renda anual. A desvantagem do PGBL é que, na hora de resgatar o dinheiro lá na frente, paga-se o imposto sobre o total investido (aplicações feitas mais o rendimento).
Os planos VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) não permitem deduzir na declaração. Mas se paga um IR menor quando for sacar. O imposto cobrado é só sobre os rendimentos.
O VGBL é indicado pelos especialistas para quem declara o IR por meio do modelo simplificado.
Outras regrinhas
O investidor precisa também ficar atento à tabela regressiva de incidência de IR, mais uma vantagem da previdência privada. Nesse caso, o contribuinte que deixar o dinheiro aplicado por mais tempo vai, consequentemente, pagar menos impostos. Já se o dinheiro for retirado em um prazo menor, a alíquota cobrada vai ser mais pesada.
A cobrança começa com 35% de IR nos primeiros dois anos e cai cinco pontos percentuais de dois em dois anos, chegando a 10% a partir de dez anos.
“O IR pago no início é mais alto, mas a quantidade de dinheiro que foi aplicada ainda é baixa. Em contrapartida, o contribuinte vai pagar uma taxa menor quando tiver mais dinheiro investido. Também vale destacar que esse tipo de investimento não tem o come-cotas, que é o imposto semestral cobrado em fundos como multimercados e de renda fixa”, disse Sérgio Schwartz, head de vida e previdência da Genial Investimentos.