O piscicultor senamadureirense Wanderley Campos, de 54 anos, também foi afetado drasticamente pela cheia expressiva do Rio Iaco.
Os seus mais de 3 hectares de reservatório foram tomados pelas águas do afluente, que em poucos horas já levaram pelo menos 12 toneladas de peixes das 20 compradas por ele.
Há mais de 10 anos, o fazendeiro faz a criação dos alevinos em sua propriedade, localizada no Ramal do Laureano, no Segundo Distrito, para fornecer às famílias da cidade e supermercados, principalmente no período da semana santa.
O também piscicultor Célio Teixeira foi até a propriedade do amigo para ajudá-lo, na companhia de outros empresários, a recuperar uma parte da criação, com algumas redes.
Na ocasião, Wanderley chorou ao falar do prejuízo que é superior a R$ 100 mil, além da despesa com ajudantes e rações adquiridas por ele – numa outra dívida que se aproxima dos R$ 90 mil.
“Eu não sei como vou pagar, meu irmão. Dói pensar em tudo isso. Não sei o que fazer. Estava contando com a vende desses peixes na semana santa para quitar minhas dívidas. Sem chão e não consigo nem dormir. Estou devendo e sem saber como pagar”, disse Wanderley, aos prantos.
Além de Wanderley, produtores rurais que trabalham com hortaliças e atendem a feira dos colonos também tiveram suas propriedades tomadas pelas águas, com um prejuízo considerável.