Defensoria investiga se pacientes com Covid foram amarrados por falta de sedativo

A intubação é um procedimento que visa preservar a respiração em quadros de complicação respiratória grave, como as que acontecem com os pacientes de Covid. Com isso, o paciente passa a respirar com auxílio mecânico.

Antes da pandemia, os hospitais do Amazonas consumiam 800 ampolas por mês de um dos medicamentos usados para sedação. Com a nova explosão de casos de Covid, o número subiu para 28 mil ampolas em dezembro, e 50 mil em janeiro, quando estado viveu o momento mais crítico.

Hoje, o Amazonas consome mais da metade (54%) do produto comercializado no Brasil. Há receio pela falta do produto no mercado por causa do segundo pico da pandemia.

“Nos preocupa a produção nacional porque, se repetir em outros estados o que aconteceu aqui no estado do Amazonas, nós podemos ter um desabastecimento nacional se a indústria farmacêutica não aumentar sua produção”, informou o diretor da Central de Medicamentos do Amazonas (Cema), Cláudio Nogueira.

A Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) afirmou, em nota, que no sábado recebeu um pedido de medicamentos de Parintins e no mesmo dia abasteceu o município com medicamentos para sedação solicitados. Além disso, a SES afirmou que não houve relatos oficiais sobre os fatos narrados.

A SES-AM esclarece ainda que, nesta terça-feira (23) uma força-tarefa integrada por profissionais de órgãos das esferas estadual, federal e municipal estará em Parintins para verificar o motivo da alta demanda de internações nos hospitais locais e para apoiar o município num plano de redução das internações e reorganização da rede de assistência.

Até esta segunda (22), Parintins registrava mais de 8,2 mil casos e Covid, e 260 mortes. Em todo o Amazonas, mais de 10,5 mil pessoas já morreram com Covid, e mais de 307 mil foram infectadas.

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