O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, disse nesta terça-feira (2) que vai enviar mais três caminhões com carregamento de oxigênio para os estados de Roraima e Amazonas.
“Hoje chegaram três gandolas (caminhões), estão carregando, e uma gandola sai para Roraima e duas para o Amazonas e voltam em seguida”, afirmou Maduro em um ato em Caracas, transmitido pela TV governamental. Ele também comentou sobre o envio do insumo em uma rede social.
A Venezuela já enviou oxigênio ao Brasil. Caminhões com oxigênio doado pelo governo venezuelano chegaram a Manaus no dia 19 de janeiro. No dia 1º de fevereiro, duas carretas com oxigênio adquirido pela White Martins no país vizinho chegaram à capital. O insumo foi direcionado ao abastecimento de unidades de saúde de Manaus.
No sábado, uma balsa com 90 mil metros cúbicos partiu de Belém com destino à capital amazonense. A previsão é que a viagem leve cerca de 10 dias.
Atualmente, o consumo diário no Amazonas é de cerca de 80 mil metros cúbicos. Antes da pandemia, a média era de 30 mil.
Falta de oxigênio
O Amazonas sofre com a falta do insumo. Em janeiro, Manaus vivenciou um colapso no sistema de saúde por causa da falta do oxigênio. Doentes começaram a ser levados para outros estados pela impossibilidade de serem atendidos em hospitais do Amazonas. Cemitérios ficaram lotados e instalaram câmaras frigoríficas.
Em comparação com 2020, quando o Amazonas encerrou o o ano com pouco mais de 200 mil casos e 5,2 mil mortes, janeiro registrou um grande aumento de casos. Somente em janeiro foram mais de 65 mil casos e 2,8 mil mortes.
Mais de 400 pacientes com Covid já foram transferidos do Amazonas para outros estados, para tratamento em outros estados. A expectativa do governo é enviar mais de 1,5 mil doentes, segundo o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.