Passavam das 15 horas em horário do Acre, desta quarta-feira (21), quando a tranquilidade de uma propriedade rural da região de Vista Alegre do Abunã (RO), distrito do município de Porto velho, de propriedade de uma família radicada no Acre, foi aviltada por uma invasão de pessoas. Pelo menos 40 homens, armados de foices, espingardas e terçados, entraram pelos fundos da propriedade e tocaram o terror no local derrubando a torre de comunicação, ateando fogo no curral, incluindo a casa principal, e agredindo quem encontravam pela frente, como um peão que foi torturado pelos invasores.
A propriedade pertence à família do empresário Ricardo Leite, empreendedor de várias atividades no Acre. O caso ocorreu na mesma região em que policiais militares foram emboscados em outubro de 2020.
Boletim de ocorrência registrado no final da tarde desta quinta-feira (22), revela que os 40 homens fortemente armados invadiram a Fazenda Santa Carmem, renderam e torturaram dois funcionários que estavam no local. Vítimas que trabalham na fazenda informaram à polícia que foram ameaçados de morte e tiveram todos os seus pertences destruídos ou roubados. O grupo de invasores também destruiu a casa onde os funcionários da fazenda moravam e atearam fogo no carro e na moto das vítimas.
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A polícia de Rondônia informou que está investigando para chegar aos autores da violência. Informações extraoficiais dão conta que o grupo faz parte de uma chamada liga Camponesa dos Pobres ou Liga Camponesa dos Pobres (LCP), ex-integrante do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra), cuja ação seria mais violenta e mais afeita à guerrilha. O comando da entidade seria de uma acreano foragido de Rio Branco, ex-professor da Universidade Federal do Acre (Ufac) e que estaria tentando promover a guerrilha rural na região norte do Brasil.