Após um invasão de terras registrada nesta quarta-feira (21) na região de Vista Alegre do Abunã (RO), distrito do município de Porto Velho, a reportagem do ContilNet procurou o empresário acreano Ricardo Leite, o Rico, dono da propriedade, para comentar o assunto.
Cerca de 40 homens armados com foices, espingardas e terçados entraram pelos fundos da propriedade e praticaram vários crimes. Os criminosos derrubaram a torre de comunicação do local, atearam fogo no curral, na casa principal e em dois tratores. Além disso, torturaram um dos peões.
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“É inadmissível que isso aconteça em um Estado que tem forças de Segurança para combater esse tipo de coisa. O prejuízo é mais do que financeiro, se trata da falta de segurança e um ataque ao direito à propriedade privada”, explicou Rico.
“É crime ambiental também sendo cometido”, continuou.
Quando questionado sobre quem seriam os autores do crime, Ricardo afirmou que se trata de uma milícia que praticou o mesmo crime em 2020, em uma propriedade vizinha.
O prejuízo financeiro ainda não foi calculado, de acordo com Leite.
“Imagina a sensação de indignação… Invadem a sua casa de forma violenta e cruel. As autoridades, incluindo a Polícia Federal, as forças de Segurança Estaduais, precisam fazer alguma coisa por isso”, continuou o empresário.
A polícia de Rondônia está investigando o crime para chegar aos autores da violência.
Informações extraoficiais dão conta que o grupo faz parte de uma chamada liga Camponesa dos Pobres ou Liga Camponesa dos Pobres (LCP), ex-integrante do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra).
“Eles também querem invadir a reserva legal da propriedade. Por isso é um problema de segurança pública e de ordem ambiental. Estamos vivendo um momento de insegurança jurídica nesse país. O destino deles é tirar as pessoas para lotear as reservas legais e vender, em seguida. São grileiros e criminosos travestidos de movimentos sociais”, concluiu.
Ao final da entrevista, Ricardo acrescentou: “Me preocupa tudo isso. Parece que está se levantando um poder paralelo ao Estado”.