Acusados de matarem mulher e arrancarem bebê da barriga dela em RO continuarão presos

Denunciados pelo assassinato cruel da jovem Fabiana Pires Santana, 23 anos, que teve seu filho arrancado da barriga a força, os acusados Cátia Barros Rabello, 36 anos, e Mario Barros do Nascimento, 20 anos, vão continuar aguardando julgamento presos, segundo decidiu na última semana o juiz Áureo Virgílio Queiroz. O filho de Fabiana, Gustavo Henrique Pires Maciel, de 7 anos, também foi morto.

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Os crimes ocorreram no dia 19 de outubro de 2019, na Zona Sul de Porto Velho, tiveram a participação de Cátia, e Mario (são mãe e filho), da irmã de Fabiana (na época com 13 anos), e outros cinco menores, segundo apontaram as investigações da Delegacia de Homicídios, coordenadas pela Delegada Leisaloma Carvalho.

Conforme apurado pelo RONDONIAGORA, contra Cátia pesam as acusações de homicídio qualificado, homicídio duplamente qualificado e corrupção de seis menores.
Mario foi formalmente denunciado por homicídio qualificado, homicídio duplamente qualificado, ocultação de cadáver e corrupção de seis menores.

Após a apresentação das denúncias pelo Ministério Público, foram realizadas três audiências de instrução e julgamento entre os meses de maio e julho. Os acusados foram pronunciados e serão julgados pelo Tribunal do Júri, ainda sem data definida em razão das limitações causadas pela pandemia.

Em abril, a Defensoria Pública conseguiu que a Justiça determinasse a realização de exame médico-legal, para aferir as saúdes mentais dos dois acusados. Os resultados ainda não foram divulgados.

O caso

Os crimes começaram a ser desvendados pela Polícia, após o corpo de Gustavo Henrique Pires Maciel, de 7 anos, ser encontrado boiando em uma área utilizada de extração de barro para cerâmica em um loteamento, na Estrada dos Japoneses, Zona Sul da capital, na tarde do dia 21 de outubro de 2019.

Horas depois, já no final do dia, o corpo de Fabiana Pires Santana, de 23 anos, que estava grávida, foi encontrado por familiares alguns metros longe do local onde o filho dela foi localizado. Ela estava enterrada em uma cova rasa, com um corte profundo na barriga e sem o bebê.

Após a localização dos dois corpos, policiais da Delegacia de Homicídios iniciaram as investigações. Ao anoitecer, os investigadores descobriram que o bebê de Fabiana estava escondido em uma residência, localizada no Bairro Cidade Nova, na Zona Sul da capital. Na casa, estavam dois menores.

Com a localização do bebê, a Polícia começou a montar o quebra-cabeça do assassinato cruel praticado contra as vítimas, identificou todos os envolvidos, incluindo a irmã de Fabiana, de 13 anos, que arquitetou a morte dala e do sobrinho, e os demais acusados que participaram do crime.

A motivação para ter matado a irmã, é que a adolescente era repreendida em casa, o que deixava ela irritada. Ela alegou ainda, que um suposto estupro praticado pelo namorado da irmã, também seria um dos motivos para tirar a vida de Fabiana.

A jovem, que estava grávida, foi morta a pedradas e pauladas e com golpes de ferro na cabeça. Antes de morrer, a vítima teve o filho arrancado da barriga pela adolescente e o comparsa dela de 15 anos. O bebê foi levado por outro adolescente, que entregou a criança para Cátia Barros Rabello, de 34 anos.

A assassina disse em seu depoimento, que agrediu a pedradas o sobrinho Gustavo Henrique, e em seguida jogou o menino na lagoa próximo onde a mãe dele foi encontrada morta. A criança não sabia nadar. Os envolvidos já tinham levado para o local todos os objetos usados no crime, uma barra de ferro, uma faca e um estilete usados para tirar a criança da barriga da vítima, segundo esclareceu a delegada Leisaloma Carvalho.

Os investigadores descobriram ainda, que Cátia teria encomendado o bebê de Fabiana e participou da armação do crime. Já o filho dela, Mário, ajudou a ocultar o cadáver da jovem grávida, arquitetou o crime junto com a irmã da vítima, os irmãos dele e a mãe.

A Polícia confirmou que Mário ficou responsável de providenciar roupas e alimentação para o bebê, assim que ele foi entregue para Cátia.

As investigações avançaram, a delegada representou pela prisão dos maiores, e internação de todos os menores.

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