Reunidos em Rio Branco, no final da tarde desta terça-feira (4), o governador Gladson Cameli (PP) e o senador Márcio Bittar (MDB-AC), além do deputado federal Flaviano Melo, na condição de presidente regional do MDB, buscam uma aliança definitiva para que a sigla de fato integre o atual Governo do Estado. O secretário de Saúde, Alysson Bestene, e o ex-prefeito de Brasileia, Aldemir Lopes, também participam do encontro
Por onde passa, Gladson Cameli reafirma que é candidato á reeleição e que seu vice, por se rum homem da sua mais estrita confiança, seria Alysson Bestene, que é filiado ao PP e que, para efeito de composição, teria que se filiar outra sigla. Isso já estaria sendo tratado pelo MDB?
A reunião entre as três lideranças tem significado singular porque o MDB, em nível estadual, tem sido uma espécie de fiel na balança, principalmente na Assembleia Legislativa, onde tem três deputados estaduais (Antônia Sales, Roberto Duarte e Meire Serafim) – todos de garras afiadas contra Glason Cameli, inclusive pelas assinaturas, junto com deputados de oposição, para o requerimento do deputado petista Daniel Zen de criação da CPI da Educação.
A razão da reunião desta tarde, portanto, foi para ajustar a sintonia entre o MDB e o governo, a fim de que chegue ao fim a imagem de que apenas uma parte do partido é governista e a outra, banda que inclui os deputados estaduais e o prefeito de Sena Madureira, Mazinho Serafim, são oposição.
“Eu não vejo nada interessante nessa questão. Esta reunião tem o objetivo de discutir isso porque, depois de 20 anos de oposição, de lutas nossas para chegarmos ao poder, a gente não pode se dispersar na primeira eleição seguinte “, disse Márcio Bittar, o proponente do encontro, que é realizado em seu gabinete no Acre.
“Estou aqui desde quinta-feira. Primeiro, para alinharmos Estado e municípios para a captação dos recursos que, com muita luta, conseguimos disponibilizar para o Acre no orçamento do qual fui, como muitos de vocês viram, o relator. A outra questão que me prende aqui é esta de caráter político, envolvendo o Governo e o MDB”, acrescentou Bittar.
“Nós estamos no e somos Governo”, disse Flaviano Melo, sem discutir, no entanto, a questão dos três deputados da sigla na Assembleia Legislativa.
O governador Gladson Cameli disse que tem todo o interesse de ter o MDB completo no Estado. “O MDB tem história e uma estrutura que são importantes. Por isso, minha luta é para que posamos corrigir eventuais falhas que o Governo possa ter cometido para que possamos dar as mãos e seguirmos em frente, corrigindo onde erramos e fazendo mais e melhor”, afirmou Cameli.