Professor da Ufac, Paulo Schmitz, morre em casa ao cair de escada

Foi sepultado na tarde do último sábado (22), no Cemitério Morada da Paz, em Rio Branco, o professor aposentado da Universidade Federal do Acre (Ufac), Paulo Schmitz, aos 88 anos de idade.

Ele foi vítima de um acidente doméstico dentro de sua própria casa, no Jardim Tropical, no dia 4 deste mês, ao cair da escada que dava acesso ao segundo piso da residência. Após o acidente o professor ainda ficou internado, mas não resistiu.

Alemão, natural de Frankfurt, Paulo Schmitz chegou ao Brasil vindo de navio, pelo Rio de Janeiro, em 1963. De lá, pegou nova embarcação e foi para o Alto Juruá, viver entre índios e seringueiros empobrecidos das regiões onde hoje se situam os municípios de Porto Walter e Marechal Taumathurgo, como missionário da Igreja Católica.

Sua dedicação à causa dos mais pobres, especialmente aos hansenianos, levaram-no a ser ordenado padre, vinculado à Diocese do Alto Juruá, de orientação alemã. Mas, lá mesmo no Alto Juruá, o coração do padre bateu diferente quando encontrou a acreana Helena Barbary, de tradicional família local. Ele largou a batina e o sacerdócio para constituir família com Helena, com a qual teve três filhos – Paul, Monica e Gottfried.

Em 1979, depois de coordenar o Projeto Rondon lá na região do Juruá, entrou para a Ufac, como professor de filosofia e lá permaneceu até aposentar-se, há seis anos. Schmitz era brasileiro naturalizado.

Sua morte causou enorme comoção, principalmente entre os jovens colegas de seus filhos. Muitas manifestações de pesar nas redes sociais marcaram a despedida de Schmitz, carinhosamente chamado por muitos de “Tio Paulo”.

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