Vistoria na BR-364 reacende debate sobre ‘lambanças’ dos governos do PT

As obras da BR-364 no Acre nunca receberam aval do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), graças aos seus muitos problemas estruturais. O debate volta à tona depois que empresários do estado realizaram, entre os dias 30 de abril e 3 de maio, uma vistoria na estrada.

São inúmeros os transtornos e graves os perigos, alertaram os ‘fiscais’ liderados pelo presidente da Federação das Indústrias do Acre (Fieac), José Adriano.

Com a mudança no comando da política acreana, alguns empresários, antes calados diante do que ocorria na BR, resolveram assumir o protagonismo de clamar por soluções.

Para o senador Marcio Bittar (MDB-AC), essa mudança de postura precisou passar, antes, pelas urnas.

“Nós sabemos que se a BR-364 apresenta hoje alguns riscos e muitos problemas, foi porque os governos anteriores não fizeram o dever de casa”, disse.

A obra nunca foi oficialmente recebida pelo Dnit. À época em que foi anunciada como concluída, quem comandava o órgão era o General Jorge Fraxe. Ele e sua equipe detectaram os inúmeros problemas na rodovia e se recusaram a avalizar a conclusão.

Essa informação foi confirmada nesta segunda-feira (10) pelo General Santos Filho, atual diretor-geral do Dnit.

Fraxe, aliás, assumiu o comando do Dnit em meio à ‘faxina ética’ determinada pela então presidente Dilma Rousseff, após uma crise provocada por denúncias de corrupção no órgão.

Os empresários que vistoriaram a BR, apontando a existência de buracos e erosões, se mobilizam, ainda, para buscar recursos em Brasília. E terão de bater à porta do senador Marcio Bittar, relator do Orçamento Geral da União.

Caberá a Bittar articular junto ao governo federal os recursos necessários à recuperação da rodovia. E a tendência é que essa reconstrução atenda a critérios técnicos outrora ignorados pelos governos do PT.

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