Um homem identificado como Luan Felipe foi morto após um suposto sequestro em Jaci-Paraná, distrito de Porto Velho. O corpo foi encontrado na linha 101, distante 40 km do distrito. A Delegacia de Homicídios na capital investiga o caso.
O sequestro aconteceu na noite de sexta-feira (11). A esposa da vítima foi amarrada e permaneceu presa até a manhã do sábado (12), quando conseguiu se soltar e pedir ajuda. O corpo de Luan foi encontrado no fim da tarde do sábado.
A Policia Civil foi acionada para atender uma ocorrência de um possível assalto seguido de sequestro em uma fazenda próximo a Jaci-Paraná.
No percurso para chegar no local informado, os agentes descobriram que o corpo da vitima havia sido encontrado distante cerca de 40 km do local do suposto assalto. A vítima tinha diversas perfurações, possivelmente de arma de fogo.
Ao G1, um dos investigadores do caso explicou que Luan era uma das testemunhas de um caso de invasão de terra na região de Mutum-Paraná, onde dois policiais militares foram mortos.
“Ele era caseiro de uma das fazendas do mesmo dono da propriedade invadida e que gerou a morte dos dois PM’s. Meses atrás, nos aprofundando mais [na investigação] e descobrimos que a vítima teria sido uma espécie de guia dos policiais quando os mesmos foram fazer a perícia”.
O investigador explicou que, pela forma como o Luan foi morto, pode ter sido uma espécie de “vingança”, por parte dos investigados.
“Pelos moldes e modos operandi – amarrado, encapuzado e com muitas perfurações no rosto – teria sido uma espécie de vingança e um aviso dos bandidos aos donos das fazendas, que hoje se encontram ameaçados, e que inclusive parecem que foram identificados pela inteligência da Polícia Civil”, pontua.
As investigações dessa morte ainda estão no início, mas seguem sob responsabilidade da Delegacia de Homicídios na capital rondoniense.
Caso e investigações
Em outubro de 2020, o policial militar Tenente Figueiredo Sobrinho foi morto a tiros em uma fazenda de Mutum-Paraná, distrito de Porto Velho. Familiares que estavam com o PM no local também foram feridos.
À época, a Polícia Militar deflagrou uma operação para resgatar policiais, que apuravam a morte do Tenente, e também haviam sido baleados e emboscados por um grupo de criminosos.
Em abril deste ano, ao G1, a assessoria da Secretaria de Comunicação (Secom) do Governo de Rondônia informou que as investigações que apura as mortes do tenente Figueiredo e do sargento Rodrigues seguem com os agentes da Delegacia de Homicídios da capital, que colhem os dados e as provas dos crimes, no “sentido de elucidar os fatos e prender os acusados”.
A primeira fase das apurações e a reintegração já está cumprida, conforme informou a secretaria. Agora o trabalho segue na segunda fase: com oitivas de testemunhas e suspeitos na participação do crime.
“Se busca neste momento elementos de provas, análises e técnicas. Mesmo sendo em local distante da capital, os esforços dos policiais civis que estão no caso têm sido fundamentais na elucidação dos crimes”, informou a assessoria.