O diretor do Instituto de Traumatologia e Ortopedia do Acre (Into), o médico Osvaldo Leal, está preocupado com o ritmo de imunização contra a Covid-19 no estado, um dos piores do Brasil. Segundo ele, os municípios deveriam aproveitar o atual momento de estabilidade nos índices para acelerar a aplicação das vacinas e evitar a chegada da terceira onda, que já vem dando as caras em vários estados brasileiros.
O alerta foi dado na última quinta-feira (10), durante a coletiva de imprensa para anúncio da nova classificação do nível de risco pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) e do Comitê de Acompanhamento Especial da Covid-19, do qual o médico faz parte.
Ele fez um apelo para que os municípios, responsáveis pela vacinação, se esforcem mais para garantir a imunização do máximo possível de pessoas em tempo hábil, sobretudo agora que o estado recebeu, nesta semana, o maior lote de vacinas, com quase 50 mil doses.
Ele propõe que as prefeituras contatem as pessoas que estão com a segunda dose pendente para saber os motivos que as levaram a não tomar o reforço.
“Vamos buscar essas pessoas. Vocês têm o nome e o endereço de todas elas. Vão às casas, procurem saber o que aconteceu. Não podemos perder a oportunidade. É possível que tenhamos uma terceira onda a caminho e é fundamental que a gente resolva rapidamente esse passivo de acreanos que ainda não tomaram a segunda dose”.
Segundo o médico, no Acre, 60% dos que tomaram a primeira dose ainda não aplicaram a outra. “Esse percentual é muito grande. As pessoas precisam voltar à unidade de saúde quando for o momento certo para o reforço. Se não tiverem condições, entrem em contato com o posto ou a secretaria de saúde e vejam uma forma de não perder o prazo. Quem só tomou a primeira dose não está nem metade imunizado”.