Perpétua diz que Forças Armadas apoiam PEC que proíbe militares da ativa no governo

A proposta de emenda à Constituição (PEC) que pode proibir militares da ativa de ocuparem cargos políticos no governo federal foi bem recebida no Exército, na Marinha e na Aeronáutica. É o que garante a autora da proposição, a deputada federal acreana Perpétua Almeida (PCdoB).

Em entrevista à Agência Pública, ela conta que conversou com militares da reserva e da ativa antes de apresentar a PEC, que já conta com 135 assinaturas das 171 necessárias para começar a tramitar.

“Eu não senti ainda nenhuma articulação dos militares da ativa contra a PEC. Até porque, no fundo, eles sabem que isso ajuda eles. É melhor um comandante ter um presidente da República que a todo tempo tira um de seus generais da ativa para ir para o governo, esse comandante começa a falar em nome do governo, depois sai, depois volta para a Força? Isso é bom para a Força? Ninguém quer isso. O grande beneficiado com essa proposta são as Forças Armadas”, afirmou.

A proposição ganhou força após o Exército brasileiro livrar o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazzuelo, de punição após participação de ato político ao lado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Parlamentares de 18 partidos assinaram o documento, entre eles Cidadania, DEM, MDB, Patriota, PCdoB, PDT, PL, Podemos, Progressistas, PSB, PSDB, PSL, PSOL, PT, PTB, PV, Rede e Republicanos.

O texto diz que militares com menos de dez anos de atuação deverão se afastar da atividade para assumir cargo de natureza civil em governos. Já os que possuem mais de uma década de caserna iriam automaticamente para a reserva ao exercer função na administração pública.

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