Jovem vai a Justiça por fotos sensuais vendidas, mas que acabaram em Fakes golpista’

CAMPO GRANDE (MS) – A arte ou trabalho profissional seja de qualquer ângulo é para ser comprado, mesmo que fotos sensuais e de possível marketing de serviços prestados em espaço privado. A compra, como qualquer produto, para ‘consumo pessoal’ pode ser realizada. Mas, ser comprada ou ‘roubada’ imagem para se espalhar de graça e o pior virar golpista, sem saber, pode virar problema.

Assim aconteceu com uma jovem de Campo Grande, que está tendo que recorrer a Justiça por seu trabalho em fotos sensuais para seguidores ‘exclusivos’, por meio da ferramenta ‘Close Friends’ do Instagram, mais que virou parte de golpes aplicados ‘em seu nome’.

A jovem, que pelo corpo, se denomina digital influencer, ingressou com ação judicial na última segunda-feira (7) na qual alega ter sido vítima dos crimes de estelionato e danos morais. Ela afirmou que teve a conta – com mais de 30 mil seguidores – clonada por um golpista, que estaria utilizado-a para solicitar dinheiro de interessados no serviço. Para dar veracidade ao golpe, o suspeito estaria utilizando fotos reais da vítima, que teriam sido disponibilizadas em outras plataformas.

Conforme consta na ação, nesta quinta-feira (10), os advogados até já anexaram ao processo provas necessárias para comprovação dos culpados. “Ela já havia trabalhado com isso, mas desde o mês de maio essa conta falsa começou a aplicar golpe em pessoas conhecidas e familiares dela, pedindo para que enviassem o valor da ‘mensalidade’ e que as fotos começariam a ser mandas pelo WhatsApp e não pelo Instagram”, afirma o advogados Cauê Corrêa.

O que é Close Friends

Atletas, atores e famosos já usam a ferramenta do Close Friends há muito tempo, para que alguns seguidores tenham acesso a uma área mais exclusiva, mas precisam pagar para ter acesso a esse conteúdo. Mas, a campo-grandense foi clonada e está sendo usada para pegar dinheiro de afoitos, mais desavisadas vitimas, que caem no golpismo.

Identificar autor

O advogado aponta que agora, é necessário a comprovação de que o nome utilizado no Pix é o responsável pelos crimes. Isso porque o juiz Wilson Leite Corrêa, da 5ª Vara Cível da Capital, solicitou que sejam anexados documentos a fim de comprovar o titular da conta.

Atualmente, os réus arrolados na ação são o Facebook – empresa responsável pelo Instagram – e o titular da conta para onde as vítimas enviavam dinheiro para participarem dos ‘melhores amigos’ do perfil falso.

Assim, a ação é movida pelos crimes previstos nos artigos 218 C e 271 do Código Penal Brasileiro, de danos morais associados à figura da jovem com o golpe, além de estelionato, foi pedida após a garota não conseguir resposta da plataforma para que a conta fosse removida. “Ela recorreu ao Instagram durante um mês, para que fosse feito alguma coisa na parte administrativa do aplicativo. A partir do não posicionamento, tivemos que apelar ao Judiciário”, afirma o advogado.

Ainda segundo o advogado, a indenização foi pedida no valor de R$ 22 mil, e se justifica “devido ao abalo subjetivo que a causou, por ter mais de 28 mil seguidores que consomem seu conteúdo e podem associar o golpe à sua imagem”.

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