CAMPO GRANDE (MS) – O golpe não seria o primeiro, mas desta vez a aparição nas redes sociais funcionou para denunciar a aplicação de novo roubo que seria realizado pelo estelionatário identificado como Bruno Henrique de Sales Benites, 31 anos, em Campo Grande. O WhatsApp ‘denunciou’ o golpista que foi preso tentando sacar dinheiro do FTGS em uma das Caixa Econômica Federal da Capital nesta segunda-feira (14).
Benites foi descoberto após funcionários reconhecerem ele em foto publicada nos grupos do WhatsApp com mensagens de alerta para golpe. Conforme registro na PC-MS (Polícia Civil de MS), ele foi preso em flagrante ao tentar sacar mais de R$ 12 mil de FGTS com documento falso na Caixa da Avenida Eduardo Elias Zahran, na tarde de ontem.
Segundo o testemunho de uma funcionária da Caixa, o golpista tentou receber pouco mais de R$ 12 mil de FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) e entregou a ela uma CNH (Carteira Nacional de Habilitação). Ela teria pego o documento e viu que a película de segurança havia sido retirada. Então, ela resolveu tentar ler código de resposta rápida do documento, mas não conseguiu. Ai, ela pediu então ajuda de um colega.
Com isto deu tempo de outro funcionário ver e lembrar que dias antes circulou fotos de um golpista nos grupos de WhatsApp de atendentes da Caixa. “Eles chegaram a verificar o documento com as fotos enviados no aplicativo e viram que era a mesma pessoa, mas com dados diferentes”, aponta a PC-MS.
Provar
Conforme acusação registrada na delegacia, a funcionária do banco, pediu outros documento, mas Benites afirmou que não tinha. Assim, um policial civil que estava no local ajudou na prisão em flagrante e a Polícia Militar foi chamada.
Benites acabou confessando o crime e ainda revelou que já seria a segunda vez que usava o documento falso e que na primeira vez conseguiu ganhar R$ 2 mil. Bem como, disse que encontrou a CNH caída na rua, em frente a um colégio, no dia 10 de junho. Nesse dia se lembrou de um vídeo visto no Youtube que ensinava a apagar os dados do documento com álcool para poder colocar outros nomes.
Ele então, pesquisou na internet pessoas que teriam direito a receber FGTS com o nome parecido com o seu e encontrou “sua vítima”, no aplicativo do FGTS e viu que tinha mais de R$ 12 para receber. “Com os dados dele na mão, apaguei os que estavam no documento e substituiu os número e o nome, também troquei a foto por uma minha e fui até a agência”, disse Benites, que desta vez acabou surpreendido e preso.
Nesta terça-feira pela manhã, durante audiência de custódia, o juiz entendeu que haviam provas suficientes para decretar a prisão preventiva de Bruno. Os golpes agora são investigados pela Polícia Civil.