Após denuncias contra Frank, outros secretários de Bocalom são acusados de assédio

O número de mulheres assediadas em órgãos da Prefeitura Municipal de Rio Branco pode ser bem maior que as sete que acusaram o secretário municipal de saúde, Frank Lima. Os assédios partiram de outros secretários e chefes de setores de órgãos municipais.

A informação foi dada pela vereadora e médica Dra. Michele durante discurso de sete minutos no grande expediente da sessão remota da Câmara Municipal de Rio Branco, nesta terça-feira (13). A vereadora confirmou que chegou à conclusão de que mais mulheres foram vítimas de assédio sexual na Prefeitura e em outros órgãos municipais a partir das denúncias das primeiras sete mulheres que a procuraram.

“Os senhores não queiram saber o número de mensagens que recebemos quando essas mulheres que trabalham no governo municipal, a partir do momento que elas descobriram que podem denunciar o que passaram”, disse a vereadora. “São mulheres que trabalham para poder colocar a comida em casa e que, quando assediadas, ficam caladas, com medo de perderem o emprego ou simplesmente com vergonha de terem que contar o que passaram”, acrescentou.

A vereadora apresentou um projeto de lei propondo medidas contra a ação de assédios sexual através de um canal específico, para acompanhar e orientar as vítimas. O projeto também propõe que a palavra da vítima tenha relevância e que as informações sobre o assunto têm que ter sigilo.

Dra. Michele reafirmou a necessidade de afastamento do secretário Frank Lima e denunciou que o prefeito Tião Boocalom visitou todas as dependências da Secretaria Municipal de Saúde, mas se recusou a ir à sala da qual partiram as denúncias contra o secretário. “Essas sete mulheres pensaram em denunciar o caso primeiro ao prefeito Tião Bocalom, mas recuaram quando viram que o sentimento de amizade do prefeito pelo secretário era maior que seu discurso de ser prefeito de todos em Rio Branco”, disse a vereadora.

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