Futebol feminino: seleção brasileira vai em busca do ouro inédito nos Jogos de Tóquio

Com duas medalhas de prata conquistadas em Jogos Olímpicos, Atenas (2004) e Pequim (2008), a Seleção Feminina de futebol terá a chance de conquistar a tão sonhada medalha de ouro nas próximas semanas, nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Na fase de grupos, o Brasil estará no Grupo F da competição ao lado das seguintes seleções: Holanda, China e Zâmbia.

O duelo que marcará o pontapé inicial da Seleção Feminina nos Jogos de Tóquio será contra a China, no dia 21 de julho, em Miyagi. A campanha olímpica das comandadas de Pia Sundhage segue no dia 24 de julho, desta vez contra as holandesas, também em Miyagi. O time brasileiro encerra a fase de grupo contra a Zâmbia, em Saitama, no dia 27 de julho.

Se terminar entre os dois primeiros colocadas de seu grupo, o Brasil estará automaticamente classificado para a fase mata-mata e decisiva da competição. A Seleção Feminina também poderá se qualificar à fase seguinte se terminar entrar as duas melhores terceiras colocadas da primeira fase.

Na 7ª posição no ranking da FIFA, é muito provável que a seleção brasileira não tenha o mesmo nível de favoritismo de potências como Estados Unidos e Alemanha (líderes do ranking mundial) nas prévias e probabilidades de título definidas por plataformas de investimento esportivo, como por exemplo o site de apostas online da Betway.

Para que a Seleção Feminina consiga competir de igual para igual contra as suas principais rivais nas Olímpiadas de Tóquio, o Brasil precisará confiar em seus três principais pilares: o talento da craque Marta, a vasta experiência da treinadora Pia Sundhage e o jogo coletivo do time.

Aos 35 anos, Marta ainda pode ser decisiva

Eleita a melhor jogadora do mundo pela FIFA em seis oportunidades (2006, 2007, 2008, 2009, 2010 e 2018), Marta já provou ao mundo o seu grande talento — tanto pela seleção nacional, quanto pelos clubes que defendeu em sua vitoriosa carreira.

Nas duas campanhas que renderam a medalha de prata para a Seleção Feminina nas Olímpiadas de Atenas e Pequim, a craque do Orlando Pride-EUA — clube que ela renovou contrato para mais uma temporada — foi peça muito importante para colocar o Brasil no pódio em duas oportunidades.

Agora, aos 35 anos, Marta não tem o mesmo vigor físico de alguns anos atrás e teve que se reinventar no atual estágio da carreira. No entanto, ainda é capaz de jogar em altíssimo nível e é dona de uma técnica muito acima da média na modalidade. Também vale destacar que, em 2019, Marta se tornou a maior artilheira em mundiais de toda a história, com 17 gols marcados.

Experiência da treinadora Pia Sundhage em olimpíadas pode pesar a favor

Nascida na Suécia, a treinadora Pia Sundhage é dona de um currículo vencedor trabalhando com seleções olímpicas. Em 2008 e 2012, a sueca foi bicampeã olímpica com os Estados Unidos. Em 2016, no Rio de Janeiro e desta vez que comandando a seleção de sua terra natal, ela conduziu a Suécia à medalha de prata.

Após o bom trabalho na Suécia, Pia chegou ao comando da Seleção Feminina em 30 de junho de 2019 e, desde então, ela testou 73 jogadoras no ciclo olímpico. Portanto, não foi uma decisão fácil escolher as 18 jogadoras que irão representar o País em Tóquio. Porém, um fato chamou a atenção na convocação: a não presença da atacante Cristiane, 36, na lista de convocadas.

Assim como Marta, Cristiane esteve presente nas conquistas históricas das medalhas de prata da Seleção Feminina em Jogos Olímpicos. Além disso, Cristiane é a maior artilheira da história das Olímpiadas, com 14 gols marcados. Sendo assim, a técnica Pia foi bastante questionada pela imprensa nacional.

Em coletiva de imprensa no dia 18 de junho, Pia disse aos jornalistas que respeita a trajetória de Cristiane na seleção, mas que no atual momento há outras jogadoras que vão ajudar o time a jogar um bom futebol.

Jogo coletivo do Brasil pode ser um trunfo

Apesar de importância de Marta para a Seleção Feminina, a treinadora Pia já disse em várias entrevistas que treina o time para que não seja dependente apenas das boas jogadas proporcionadas pela camisa 10. Desde a chegada da treinadora sueca no comando técnico, Marta passou a dar mais assistências e a priorizar o jogo coletivo.

O lado esquerdo do Brasil, com o trio formado por Tamires, Debinha e Marta, é uma das principais armas utilizadas por Pia na construção de jogadas. No entanto, o lado direito do time ainda não apresenta a mesma consistência e foi um ponto vulnerável do Brasil nas partidas que serviram de preparação para os Jogos Olímpicos de Tóquio — em um dos testes, Pia chegou a testar a zagueira Tainara na lateral direita.

Outro ponto a destacar é a saída de bola do Brasil. Desde a chegada de Pia, as goleiras foram instruídas a evitar da chutões e assim priorizar os passes mais curtos. As zagueiras também passaram a ter mais liberdade para construir as jogadas, para organizar uma saída de bola mais rápida e efetiva.

Onde assistir o Brasil nas Olímpiadas?

Na TV aberta, os jogos da Seleção feminina serão transmitidos exclusivamente pela Globo. Já na TV por assinatura, BandSports e SporTV serão os dois canais brasileiros que irão transmitir os Jogos Olímpicos de Tóquio.

PUBLICIDADE