Tem uma saparia enterrada? Coletivo de sapos, a palavra pode sintetizar o que está enterrando e atrasando a construção da nova rodoviária de Porto Velho, um lindo e moderno prédio, ao menos num projeto de bela concepção, feita desde o governo Confúcio Moura. Aliás, na gestão passada, estava tudo pronto para começar a obra. Uma área foi desapropriada na avenida Guaporé. próximo ao Cemetron, no bairro Três Marias. Era o ponto ideal: boa localização, facilidade de acesso pelos usuários, baixo impacto no trânsito. Tudo certinho e perfeito, não fosse uma decisão judicial deu ganho de causa ao proprietário, desconsiderando a desapropriação feita com base no interesse público. Tudo, então, não passou de um sonho de verão, que se esvaiu sem que nada andasse de concreto. Os sapos enterrados voltaram a fazer seu feitiço, impedindo que a Capital tivesse uma rodoviária decente e não aquela espécie de pocilga, tomada pelo mato, em pleno centro da cidade. Agora, o assunto está sob o comando do Deosp, o departamento de obras civis do Estado, que tem à frente o competente Coronel Erasmo Meireles. Ele tem conversado com a Prefeitura de Porto Velho, para que, em conjunto, Estado e Município encontrem uma solução definitiva para o problema, que envergonha a cidade e que se arrasta há longos anos. Várias opções estão sendo analisadas, para que o projeto ande. No último dia 29 de junho, mais uma reunião foi realizada no palácio Rio Madeira, com a presença do Chefe da Casa Civil, Júnior Gonçalves; do diretor geral do DER, Elias Rezende e do Coronel Erasmo Meireles. O secretário adjunto da Secretaria Geral de Governo, o advogado Devanildo Santana, representou a Prefeitura da Capital e participaram ainda os deputados Marcelo Cruz, Jair Montes, Eyder Brasil e Alan Queiroz. A nova rodoviária foi um dos temas centrais do encontro, assim como outras demandas de Porto Velho, quanto de outros programas do Governo Estadual, como Tchau Poeira e Governo na Cidade.
O Coronel Erasmo resume o que é necessário para uma nova área da Rodoviária, que está sendo procurada. “para implantação da nova Rodoviária de Porto Velho, se faz necessária a disponibilização de um novo terreno com as seguintes características: facilidade de acesso aos ônibus que chegam a cidade; localizar-se no centro geométrico da cidade de forma a atender as diversas regiões de forma equânime. Possuir dimensões suficientes para atender a escala física do projeto com a circulação de ônibus, de pessoas, etc”. Ele não descarta, contudo, “a revitalização do espaço que atualmente abriga a Rodoviária”. Ou seja, continuam as conversas, os projetos, as intenções, mas, na verdade, tudo continua só nos projetos. Até porque, é bom que se seja realista, qualquer área que for escolhida e desapropriada, pode novamente ser proibida de utilização pelo Judiciário. Portanto, continuemos esperando que os sapos sejam desenterrados. Mas não nos iludamos. A nova Rodoviária, ainda, não passa de um sonho distante.
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