Sem salário há 5 meses, terceirizados protestam em Rio Branco: “Tem gente passando fome”

Os funcionários da empresa de terceirização Maia Pimentel, que presta serviços para a Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esportes do Acre (SEE), estão com os pagamentos dos salários atrasados desde março deste ano. A maioria, está passando fome e sendo despejada por não ter como pagar o aluguel.

A situação de aflição que passam os trabalhadores, incluindo mulheres com bebês recém nascidos, é angustiante. De um lado, a secretaria diz que a empresa é a responsável pela situação, já que não havia enviado a documentação necessária para o repasse, já a empresa, quando procurada pelos trabalhadores, se cala, não justifica o motivo do atraso, e por isso, eles prometem uma grande paralisação logo mais, às 8 horas da manhã, nesta segunda-feira (19), em frente a SEE.

Os colaboradores que ocupam os cargos de motoristas e monitores procuraram o ContilNet para denunciar a situação que, segundo eles, está insustentável.

Uma das funcionárias disse que a situação está insustentável: “Tem gente passando fome, a empresa está toda irregular, não entrega a documentação certa para a Secretaria de Educação. Perguntamos todos os dias se há previsão de pagamento  e não temos resposta. O dono da empresa sumiu”, disse.

De acordo com a denunciante, além de não receberem salário, os funcionários que continuam indo trabalhar todos os dias não estão recebendo se quer o vale transporte. “Eles não estão depositando o vale transporte, deixaram de depositar o FGT e o salário maternidade de quem tem o direito, também não foi depositado”, esclareceu.

De acordo com o funcionário Antônio Nepomuceno, ele e os colegas estão passando necessidades básicas sem ter dinheiro nem mesmo para comer. “Muitos dos nossos colegas estão com as contas atrasadas, outros já foram despejados por atraso no aluguel. A empresa diz que a Secretaria de Educação não repassou os recursos e a SEE diz que a prestadora de serviço está faltando com documentação”, explicou.

Na semana passada,  a Secretaria de Educação afirmou ao ContilNet que a empresa Maia Pimentel não cumpriu um termo administrativo de compromisso com a SEE ao deixar de apresentar as documentações necessárias. “Nesta semana, a SEE fez uma conversa com o procurador do Estado, que autorizou novo termo englobando as notas pendentes. Ainda hoje a empresa recebeu uma parte do valor, e provavelmente na próxima semana pagará os funcionários”, explica nota enviada à redação.

A empresa Maia e Pimental foi contactada pelo telefone disponibilizado na internet (2102-​1969), mas no atendeu aos telefonemas.

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