Ao subir ao topo do pódio olímpico na última terça-feira, 3, a nadadora Ana Marcela Cunha deixou para trás traumas acumulados nas Olimpíadas de Londres (2012) e Rio (2016).
Antes de chegar a Tóquio, enfrentou uma grave doença autoimune que a obrigou a se submeter a uma cirurgia.
Nada disso, no entanto, impediu que a atleta soteropolitana alcançasse um antigo sonho em sua carreira: a conquista do ouro.
Promessa olímpica aos 16 anos nos Jogos de Pequim, em 2008, Ana Marcela conquistou a quinta colocação na Ásia e despontou como um dos grandes nomes da maratona aquática brasileira.
Apesar da expectativa, Ana Marcela não conseguiu a classificação para os Jogos de Londres-2012, causando uma grande frustração em sua carreira.
Nos jogos do Rio de Janeiro, uma nova frustração. A nadador, até então uma das favoritas na competição, encerrou a maratona apenas na décima colocação.
Renovada para Tóquio
Eleita seis vezes a melhor maratonista aquática do mundo, Ana Marcela chegou a Tóquio no auge de sua carreira e em busca da primeira medalha olímpica.
Em 2017, a atleta descobriu uma doença autoimune e precisou retirar o baço para evitar complicações no futuro. Recuperada, a atleta se tornou mais um símbolo de superação e, 13 anos depois de sua primeira competição, chegou ao topo do pódio em Tóquio.