Em visita a Natal no fim de semana, o ex-Big Brother Brasil Guilherme Napolitano gravou um vídeo ao lado de Lucas Cartolouco subindo o Morro do Careca, cartão postal da praia de Ponta Negra. O local, no entanto, é considerado área de preservação ambiental permanente e tem o acesso proibido desde 1997.
De acordo com o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema), há sinalização indicativa no trecho, através de placas, da proibição da subida no Morro do Careca. O órgão diz que, apesar disso, há pessoas que insistem em ignorar o alerta.
Segundo o Idema, subir o Morro do Careca atualmente é considerado infração ambiental e pode gerar multa de aproximadamente R$ 500 para pessoas físicas. Os dois envolvidos podem ser intimados e terão direito a apresentar suas defesas. O órgão também pode realizar uma nova autuação dos infratores, aumentando o valor a ser pago.
O instituto explicou ainda que os atos de vandalismo no trecho, como a retirada da cerca que isola o trecho, contribuem para que o Morro do Careca seja invadido.
Procurado pelo G1 RN, Guilherme Napolitano pediu desculpas pelo ocorrido e afirmou que não viu a sinalização no local.
“Foi uma infelicidade minha e do Cartolouco. A gente não tinha a intenção de cometer algo que não era autorizado, que era proibido. Realmente não vimos a placa, apesar de estar lá do lado. Quero pedir desculpas a todos os natalenses que se sentiram ofendidos pelo meu erro”, disse o ex-BBB.
Lucas Cartolouco também pediu desculpas pela atitude. “Se a gente soubesse que era proibido, jamais faríamos um vídeo como esse. Não teria sentido algum desrespeitar o local. Então eu peço um milhão de desculpas ao povo natalense. É bom essa repercussão desse caso para as pessoas se conscientizarem que é realmente proibido subir o Morro do Careca, porque eu vi muita gente subindo”, explicou.
Infração ambiental
O Morro do Careca, na Praia de Ponta Negra, é uma duna de 107 metros e um dos principais cartões postais de Natal. O local se tornou uma área de preservação ambiental em 1997 e tem a subida proibida desde então, por destruir a vegetação e fazer com que o Morro diminua com o passar do tempo – desconfigurando o cenário tradicional.
De acordo com a Secretaria de Turismo do Rio Grande do Norte (Setur-RN), ao subir o local, a pessoa provoca impactos ambientais como erosão e perda de sedimentos, rebaixamento da topografia, danos à paisagem, perda de vegetação lateral e também o descarte de resíduos.
A fiscalização do local é feita diariamente pela Polícia Militar, por meio da Companhia Independente de Proteção Ambiental (Cipam). A Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo de Natal (Semurb) e a Guarda Municipal também ajudam no monitoramento.