Gladson não assina nota de governadores em solidariedade ao STF, emitida após ataques de Bolsonaro

O belicismo entre o presidente Jair Bolsonaro e a cúpula do Supremo Tribunal Federal (STF) não contará com o apoio do governador do Acre, Gladson Cameli (PP). Ele não assinou o manifesto do Fórum de Governadores no qual governadores de 13 estados e o do Distrito Federal emitiram nota, nesta segunda-feira (16), em solidariedade aos ministro dos STF.

Com o silêncio do governador acreano em relação ao bate boca de Bolsonaro com pelo menos dois ministros da corte, Luis Carlos Barroso, e Alexandre de Moraes, Gladson Cameli dá demonstração, no entanto, de que permanece fiel ao presidente, do qual foi apoiador desde os primeiros movimentos de sua campanha, em 2018. Cameli apoia a reeleição de Bolsonaro, embora não tenha embarcado no negacionismo do presidente em relação à pandemia do Covid, das vacinas e, mais recentemente, da defesa do voto impresso para as urnas das eleições de 2022.

Na nota assinada, os 14 governadores dizem que o STF vem sofrendo “constantes ameaças e agressões” e afirmam que o Estado democrático de direito só existe com um poder Judiciário livre e independente. “O Estado Democrático de Direito só existe com Judiciário independente, livre para decidir de acordo com a Constituição e com as leis. No âmbito dos nossos estados, tudo faremos para ajudar a preservar a dignidade e a integridade do Poder Judiciário”, diz a nota.

O documento é assinado pelos seguintes governadores: do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB); da Bahia, Rui Costa (PT); do Maranhão, Flávio Dino (PSB); de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB); de São Paulo, João Dória (PSDB); do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB); do Ceará, Camilo Santana (PT); da Paraíba, João Azevêdo (Cidadania); do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB); do Piauí, Wellington Dias (PT); do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT); de Alagoas, Renan Filho (MDB); de Sergipe, Belivaldo Chagas (PSD); e do Amapá, Waldez Goés (PDT).

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