Alguns grupos vão poder receber a dose de reforço da imunização contra covid-19 a partir do dia 15 de setembro, de acordo com uma determinação do Ministério da Saúde, publicada nesta semana.
A liberação foi dada a todos os Estados do Brasil, incluindo o Acre. Segunda a pasta, os idosos acima de 70 anos que tomaram a segunda dose há mais de seis meses e imunossuprimidos serão os beneficiados.
A recomendação do ministério é que sejam utilizadas, preferencialmente, as vacinas da Pfizer, mas também podem ser aplicadas as doses da AstraZeneca e Janssen.
Quem são os imunossuprimidos?
As pessoas com baixa imunidade são chamadas de imunossuprimidas ou imunocomprometidas.
Esse grupo considera, por exemplo, pessoas com câncer, pessoas vivendo com HIV, transplantados e outros com o sistema imune fragilizado, o que deixa o paciente mais suscetíveis a infecções.
O Ministério não divulgou nesta quarta-feira uma lista com os grupos que são considerados imunossuprimidos. Na primeira etapa da vacinação pelo país, estavam entre os imunossuprimidos:
• Pessoas transplantadas de órgão sólido ou de medula óssea;
• Pessoas com HIV e CD4 <350 células/mm3;
• Pessoas com doenças reumáticas imunomediadas sistêmicas em atividade e em uso de dose de prednisona ou equivalente > 10 mg/dia ou recebendo pulsoterapia com corticoide e/ou ciclofosfamida;
• Pessoas em uso de imunossupressores ou com imunodeficiências primárias;
• Pessoas com neoplasias hematológicas;
• Pacientes oncológicos que realizaram tratamento quimioterápico ou radioterápico nos últimos seis meses.
A recomendação do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO), do Ministério da Saúde, afirma que os pacientes imunossuprimidos devem ser vacinados, preferencialmente, quando a doença estiver controlada ou em remissão, como também em baixo grau de imunossupressão ou sem imunossupressão.
Contudo, a pasta esclarece que a decisão sobre a vacinação em pacientes com essas condições deve ser individualizada, levando em consideração a faixa etária, a doença de base, os graus de atividade e imunossupressão, além das comorbidades, e que seja feita preferencialmente sob orientação de médico especialista.
Não há relação direta entre pessoas com comorbidades (que tinham doenças prévias como hipertensão, diabetes e doenças cardiovasculares) e imunossuprimidos, embora as duas condições possam ocorrer em um mesmo paciente.
Com informações do G1.