Um Pantanal de cores que surge das plumagens de pássaros que encantam por sua beleza e são considerados os mais bonitos do bioma.
Em Mato Grosso do Sul, o biólogo e especialistas em aves, Thauan Thomaz, a pedido do G1, apresenta dez imagens das aves que deixam a fauna pantaneira ainda mais exuberante. (Veja a baixo)
Saí-andorinha – Tersina viridis
Esta espécie apresenta dimorfismo sexual (fenômeno onde machos e fêmeas apresentam características fenotípicas distintas). O macho possui um azul brilhante, com discretas barras escuras, ventre branco e uma máscara negra, enquanto as fêmeas apresentam um verde mais discreto. Essa espécie é muito comum em bordas de matas onde vivem em bandos.
João-pinto – Icterus croconotus
Assemelha-se muito com o Corrupião (Icterus jamacaii) do qual se difere principalmente por possuir a nuca laranjada, enquanto no corrupião é preto, formando uma espécie de capuz. O laranjado vivo do João-pinto faz contraste com preto, formando belos desenhos em seu corpo esguio. Observando de perto, nota-se a presença de um delineado azul entorno dos olhos, trazendo ainda mais detalhes a beleza dessa ave.
Colhereiro – Platelea ajaja
Frequentemente observadas em bando, o colhereiro é responsável por colorir as paisagens aquáticas do Pantanal com seu rosa intenso. Suas penas eram cobiçadas por etnologias indígenas que enfeitavam adornos como cocares. Dentro d’água utiliza seu bico em formato de colher para capturar pequenos invertebrados aquáticos que compõem sua alimentação, fonte de carotenóides responsáveis pela coloração rosada de suas penas.
Araçari-castanho – Pteroglossus castanotis
Os araçaris pertencem a família dos Tucanos (Ramphastidae) e também exibem um longo e exuberante bico, cheio de cores e desenhos. Seu bico o auxilia na captura de alimento que consiste principalmente em frutos, mas também predam filhotes e ovos de outras aves.
Arara-azul – Anodorhynchus hyacinthinus
Medindo quase 1 metro, a Arara-azul é o maior psittacídeo (Famíliadas araras, papagaios e periquitos) do mundo. Em voo seu azul escuro se confunde com preto, com isso as tribos a chamavam Arara-una (una = negro em tupi).
Depois de quase extinta na natureza, trabalhos de conservação como do Instituto Arara Azul devolveram aos céus pantaneiros o Azul desta espécie, tornando-a um símbolo da esperança.
Frango-d’água-azul – Porphyrio martinicus
É no período reprodutivo que o Frango-d’água-azul exibe sua “melhor roupa”, é quando podemos ver diversos com toda sua paleta azul, contrastando, pernas amarelas e vermelho no bico.
Gralha-picaça – Cyanocorax chrysops
O azul extremamente escuro predominante no dorso, se confunde com preto do pescoço e cabeça, onde possui um discreto topete. Na face escura, exibe uma delicada maquiagem azul e branca ao redor dos olhos. A Gralha-picaça é uma espécie muito comum de ser encontrada na planície pantaneira, em numerosos bandos revelam sua presença com vocalizações estardalhosas.
Udu-de-coroa-azul – Momotus momota
O nome “Udu” trata-se de uma referência ao seu canto ouvido nas matas de galeria e “Coroa-azul” a notória faixa azul iridescente no topo da cabeça. A cauda longa, com “raquetes” nas pontas complementam a beleza do Udu-de-coroa-azul. Esta espécie pode ser encontrada em florestas próximas a cursos d’água como matas ciliares ou de galeria e nestes ambientes nidificam em cavidades escavadas em barrancos.
A beleza exuberante desta ave e a frequente presença na paisagem sul-matogrossense a proporcionou o título de Ave símbolo do município de Bonito (MS).
Tuiuiú – Jabiru mycteria
Claro que nessa lista não poderia faltar a ave símbolo do Pantanal. Em voo, o Tuiuiú parece tentar abraçar a planície pantaneira com seus quase 3 metros de envergadura. Faz parte da paisagem pantaneira onde nas planícies alagáveis captura peixes, serpentes e até mesmo filhotes de jacaré.
Garça-real – Pilherodius pileatus
Essa simpática e solitária garcinha, tem o tradicional branco das garças surpreendido por uma “maquiagem” azul celeste e um chapéu escuro.
O grande charme fica por conta das plumas longas presentes na nuca. A Garça-real habita ambientes úmidos onde forrageiam solitárias a procura de peixes e outros organismos aquáticos.