Os aprovados no concurso da Polícia Civil voltaram a ser um dos assuntos comentados pelo governador Gladson Cameli. Em entrevista ao ContilNet nesta quinta-feira (12) o chefe do executivo disse que está sendo “condenado pelo que não pode fazer fazer”, ao referir-se a algumas críticas dirigidas a ele nos últimos dias por políticos de oposição.
Cameli afirmou que o grupo de aprovados não é cadastro de reserva, pelo que diz a lei.
“Não tem cadastro de reserva. Se fosse pela minha boa vontade, eu já teria contratado, mas eu preciso seguir a lei. Se eles acham que a contratação é possível e tem uma jurisdição que ampara, me apresentem um parecer dos órgãos, que eu contrato em seguida”, argumentou o político.
O governador respondeu as críticas formadas por políticos de oposição, especialmente os deputados Edvaldo Magalhães (PCdoB) e Roberto Duarte (MDB).
“Se o Edvaldo está aí exigindo a convocação dos aprovados, por que não fez isso na gestão do governo que criou o concurso e que ele defendia tão intensamente?”, questionou. “Duarte conhece a legislação muito melhor do que eu e sabe que não posso ir além do que dizem os órgãos de controle. Não vou cruzar os meus braços e ignorar o que dizem aqueles que estão acima de mim e a Constituição”, continuou.
“A verdade é que estou sendo condenado pelo que não posso fazer. Eu não me negaria a chamar quem quer que fosse se a lei me permitisse fazer isso, mas não entendem. Isso cansa”, finalizou.
Gladson anunciou ainda nesta semana a abertura de concursos para o Corpo de Bombeiros, Polícia Civil e Iapen, ainda neste ano de 2021.