Após Bittar defender Bolsonaro e tratamento precoce, clima fica tenso no debate da CNN: “Ditadura”

O clima ficou tenso durante o “Grande Debate” da CNN Brasil, nesta terça-feira (22), entre o senador Marcio Bittar (MDB-AC) e o apresentador Evandro Cini, na mesma ocasião em que o emedebista do Acre e o seu colega de bancada, José Aníbal (PSDB-SP), discutiam a relação do Planalto com o Senado.

Após dizer que grande parte da mídia faz uma “ditadura do pensamento único” – inclusive a CNN – e avaliar como positivo o discurso do presidente Jair Bolsonaro na Assembleia da ONU sobre o uso de medicamentos não eficazes contra a covid-19, afirmando que o médico tem autonomia para receitar o fármaco que entender ser necessário para o tratamento da doença, Bittar foi interrompido pelo jornalista, que disse que pesquisas científicas feitas em boa parte do mundo não recomendam a medida. Bittar destacou, inclusive, que não é possível ter, no momento, “verdades absolutas” sobre a eficácia das vacinas.

“Quem está fazendo um ditadura do pensamento único é grande parte da mídia. Vive repetindo, como se fosse uma verdade absoluta, que a possibilidade de o médico indicar o tratamento precoce é uma anti-ciência, quando você tem todas as vacinas sendo feitas em laboratório e estamos palmilhando verdades”, destacou o senador.

“Senador, peço desculpas, mas os especialistas e pesquisadores afirmam que não é possível comparar vacinas com tratamentos precoces. Esses medicamentos não possuem eficácia. Não sou eu quem afirma isso. O foco do debate de hoje não é o tratamento precoce, mas a relação do governo com o Senado”, contra-argumentou o apresentador. “Se você não me liberar para dizer o que penso, esse debate nasceu morto”, respondeu o senador.

Confira a entrevista na íntegra a partir do minuto 0:10: 

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