Sandy tem 11 anos de carreira solo e, com Junior, mais de 30. A cantora e escritora, que está no ar no Globoplay com o documentário “Nossa História”, falou sobre sua busca por autoconhecimento. Ela diz que faz terapia há 20 anos. Ela é formada em Letras e conta que ao fazer terapia preencheu sua paixão pelo tema. As falas foram dadas à Patricia Kogut, do O Globo.
— Nunca parei. Amo fazer análise. Foi nesse momento de adolescência, quando eu estava me sentindo muito exposta na mídia. Não é normal. Não é fácil. Não dá para dizer que isso é light , leve ou tranquilo. Não é. Tem maneiras de a gente conseguir lidar com isso e deixar isso num lugar mais correto da nossa vida. Dar um tamanho mais correto para não tomar espaço da vida inteira. Eu precisava disso. E estava lidando com as questões da adolescência, com as paixonites…
Casada com o músico e produtor musical Lucas Lima, ela também abriu curiosidades de seu casamento. Os dois também trabalham juntos.
— A gente coloca nossos aprendizados e nossas questões nas músicas às vezes. É muito legal isso. Já teve música minha que nasceu de um poema que fiz para ele num cartão de Dia dos Namorados. Foi a música “Salto”. É legal misturar isso um pouco porque traz uma riqueza (…) Usar os sentimentos que você aprende e colocar na música é legal (…) Temos uma música em que deliberadamente decidimos falar sobre nós. A gente considera a mais autobiográfica nossa. É a “Escolho você”. A gente tem personalidades bem diferentes, eu e Lucas. E a gente se ajeita nessas diferenças. Eu falo que somos dois bicudos que se beijam (…) Nós dois somos dois ares ( signo de ar ), aquário e libra. É vento forte. Muito! A gente é obrigado a aprender todos os dias. Senão a gente não se encaixa, não se ajeita — opina Sandy.
A artista, que já gravou canções de rock, falou de seu lado “dark”:
— Eu gosto um pouco de cemitério. Também gosto de filme de terror. Lucas não gosta tanto de filme de terror. Tem uns filmes que são bons. Não qualquer coisa sangrenta. É atraente. Sou uma pessoa curiosa. Então, qualquer assunto meio obscuro me atrai um pouco para eu entender o que se passa.