Não vamos nos enganar: o novo Heuro de Porto Velho ainda está longe de se tornar real. Os esforços do atual governo em superar as imensas dificuldades burocráticas e as dificuldades de colocar em prática um projeto enorme como este, ao que parece e ao menos até agora, foram em vão. A última tentativa foi uma concorrência internacional, feita através da Bolsa de Valores de São Paulo.
Quinze empresas do mundo todo mostraram interesse. No final, 13 delas desistiram, porque consideravam o preço mínimo muito baixo. Dos que concorreram, o consórcio vencedor foi o que apresentou menor custo. Tudo estava certo para que o projeto final fosse aprovado, a área para o Heuro comprada e as obras iniciadas. Estava. Primeiro foi a Procuradoria Geral do Estado que encontrou falhas no projeto. Depois, o Tribunal de Contas entrou no circuito. Um relatório do conselheiro Crispim, um dos mais antigos do TCE, anunciou o encontro de várias irregularidades na licitação e no preço final, para que o hospital, finalmente, pudesse começar a se tornar realidade. Foram colocados vários empecilhos, dúvidas e deficiências (só como exemplo, a falta de projeto de levar oxigênio às salas de cirurgias e apartamentos).
O maior de todos, contudo, se relaciona com o valor a ser pago pelo Estado. Para o TCE, não houve transparência, há suspeita de superfaturamento e o valor a ser pago, em 30 anos, por um hospital que seria construído, mesmo sem um centavo de dinheiro público, pelo sistema BTS, não pode ser erguido do jeito que está programado. A menos que começasse tudo de novo, que se faça nova concorrência e que o projeto seja bastante modificado, tão cedo não poderemos imaginar que o Heuro se torne realidade.
Um dos problemas é que não há parâmetro de preço para uma obra deste vulto no Brasil, que seja pública e que vá ser propriedade do Estado em três décadas. Como se suspeitar, então, que há superfaturamento? A grande maioria dos problemas do projeto, detectados, tem solução. São, na maioria dos casos, questões técnicas, sem grandes dificuldades para serem equacionadas. Mas a questão do custo da obra é mais complexa.
Como houve apenas dois concorrentes na reta final da licitação, a tendência é que possa haver uma nova concorrência deserta, caso o preço seja mudado, já que o que foi combinado já afastou pelo menos 13 concorrentes. O hospital, por tudo isso, corre o risco de ficar apenas na maquete, ainda por longo tempo. As reuniões continuam, na tentativa de se encontrar soluções. Dessa forma, todos cumprem o seu papel. Mas a população continua sem seu hospital. E assim vamos em frente!
SANEAMENTO BÁSICO: PERDEMOS 750 MILHÕES E FICAMOS SEM ÁGUA E ESGOTO
Já se passaram três décadas em que se promete construir um pronto socorro para a Capital, coisa que, ao que parece, só daqui a mais 30 anos, mais ou menos, usando um pouco de ironia e pessimismo. Embora o Tribunal de Contas preste serviços relevantes a Rondônia (e os exemplos são inúmeros), praticamente zerar o que já foi feito sobre o Heuro, pode significar o fim do nosso sonho de termos um hospital novo, o mais rapidamente possível. Lamentavelmente, há que se lembrar algo, com uma pequena semelhança, que prejudicou seriamente a população rondoniense.
No governo de Ivo Cassol, Rondônia perdeu 750 milhões de reais para as obras de água e esgoto, porque o Tribunal de Contas da União, a partir de uma denúncia de um vereador do PT, cancelou a obra, alegando irregularidades. Muitos anos depois, se provou que houve zero ilegalidade. Mas o dinheiro estava perdido. Nunca mais voltou. E a Capital continua sem o saneamento básico. O caso, até hoje, é lembrado, porque se seguiu a burocracia e os protocolos. O povão? Ah, este problema não é com quem tomou tal decisão…
PACIENTES NO CHÃO: VAMOS CONTINUAR, POR ANOS A FIO, A VER O JP II SUPERLOTADO?
Enquanto isso, o Hospital João Paulo II continua cada vez mais problemático. Ali, acontece, quase todos os dias, o que se pode chamar de enxugamento de gelo. Sempre superlotado, porque não há conta de abrigar nos leitos todos os doentes, acidentados, feridos, moribundos que recebe não só da Capital, como de todo o Estado e até da Bolívia, o JP é uma espécie de antessala do inferno.
Chega a ter o dobro, quando não mais que isso, de pacientes, do que sua capacidade. A Secretaria de Saúde tira 20 doentes do chão do hospital e os manda para leitos particulares, alugados pelo Estado. No dia seguinte, já não são mais 20. São 40. E assim segue a rotina de superlotação sem fim.
No geral, não se tem tempo para ver o sofrimento desta gente toda. Médicos, enfermeiros, auxiliares, todos, seguem fazendo seu trabalho, enquanto o rondoniense sangra em corredores de um hospital, que já está defasado há pelo menos duas décadas. A necessidade urgente de termos um novo pronto socorro, com cerca de 400 leitos, continua, pois, apenas no campo das promessas e dos sonhos. Corremos o risco real de termos que esperar, ao que tudo indica, anos a fio, ainda, assistindo o povo amontoado num pequeno hospital decadente, numa cidade de 600 mil habitantes. Lamentável!
BATALHÃO AMBIENTAL USA BOM SENSO E NÃO DESTRÓI MÁQUINAS APREENDIDAS
Ao contrário dos fiscais do Ibama, que continham destruindo e queimando máquinas e equipamentos apreendidos em áreas de desmatamento ilegal, o Batalhão da Polícia Ambiental tem agido com bom sendo. Ao invés de utilizar uma legislação esdrúxula, criada por governos esquerdistas e, infelizmente, avaliada pelo Judiciário, que permite que tais equipamentos sejam destruídos, o BPA tem feito apreensões. Foi o que aconteceu em Pimenteiras do Oeste, quando o flagrante foi dado num caminhão que transportava toras.
A madeira ilegal iria para uma serraria da região e, como não havia documentação, o veículo e a madeira foram apreendidos. No local, também foi encontrado um trator com carroceria usado para embarque da madeira, além de uma motosserra. Foram descobertas mais de 31 metros cúbicos de toras. A madeira, os caminhões, o trator e a motosserra foram apreendidos.
O que se espera é que os infratores sejam punidos e que o caminhão, máquinas e motosserras apreendidos sejam entregues às comunidades que trabalham dentro da lei. Queima de tratores e caminhões são atos que deveriam fazer parte apenas de países comandados por ditaduras, não na democracia brasileira. Fiscal do Ibama sendo polícia, acusador e juiz é quase uma imitação do que tem feito o ministro Alexandre de Moraes.
CADEIRAS DA CÂMARA SERÃO DISPUTADAS POR NOMES NOVOS E OUTROS CONHECIDOS NA NOSSA POLÍTICA
Logicamente que, em números absolutos, será a Assembleia Legislativa que terá o maior número de candidatos em 2022. São 24 deputados, com até 132 nomes por partido concorrentes por vaga. Mas uma das disputas mais acirradas será mesmo pelas oito cadeiras da Câmara Federal. Dos oito componentes da bancada atual, devem concorrer à reeleição Lúcio Mosquini, Mauro Nazif, Expedito Netto, Coronel Chrisóstomo, Mariana Carvalho, Silvia Cristina e, muito provavelmente, Léo Moraes. Apenas Jaqueline Cassol não estará na disputa, porque concorrerá ao Senado. Mas, afora esse grupo, há um outro, enorme, já se mobilizando, muitos com grandes chances, como é o caso do ex-prefeito de Ariquemes, o delegado Thiago Flores.
Da mesma região, devem vir Tiziu Jidalias e o jovem Lucas Follador, que já disputou a Câmara na última eleição. O empresário Chico Holanda, de Porto Velho, também tem sido instado a concorrer. Devem vir também outros nomes conhecidos, como Luiz Cláudio da Agricultura e Lindomar Garçon. Da região central, o empresário do agronegócio Bruno Scheid será uma das caras novas da nossa política, a concorrer à Câmara.
Do sul do Estado, tanto o prefeito de Vilhena, Eduardo Japonês como o secretário estadual da Agricultura, Evandro Padovani, também estarão no páreo. Dois nomes que estão há longos anos na politica rondoniense, Nilton Capixaba e Natan Donadon também, podem reaparecer para concorrer em 2022. A lista é parcial.
SAULO MOREIRA TOMA POSSE, MAS TSE DETERMINA RECONTAGEM DE VOTOS
Mesmo com uma decisão de última hora do TSE, que não acatou recurso do deputado Saulo Moreira e determinou recontagem de votos para a composição da Assembleia Legislativa, sem contar os votos dados a Saulo, o parlamentar tomou posse no final da tarde desta segunda-feira, ocupando a cadeira do deputado Edson Martins. A recontagem será feita pelo TRE e ainda não se sabe quais os desdobramentos. Edson Martins perdeu sua cadeira após condenações da Justiça comum, que retiram dele os direitos políticos.
Sem ele, não há como manter-se como deputado. Já o caso de Saulo Ramos envolve denúncias de pretensa compra de votos. O segundo suplente da coligação é o ex-secretário de saúde do Estado, Williames Pimentel. Haverá ainda novos capítulos desta novela que ainda não terminou. Ela ainda está no ar, só que com novos personagens. A verdade é que, desde a tarde desta segunda, a Assembleia Legislativa tem um novo deputado. Saulo Moreira assumiu e discursou, prometendo muito trabalho.
O ANO DE CRISTIANE: SUCESSO NA TV, POSSE NA SEDUC, MAIS UM BEBÊ NA FAMÍLIA!
Jornalista e apresentadora de TV de sucesso, vereadora que se destacou na Câmara Municipal de Porto Velho, Cristiane Lopes disputou a Prefeitura de Porto Velho, no segundo turno, contra o prefeito Hildon Chaves. Perdeu nas urnas, mas saiu da disputa muito maior que entrou. Passada a disputa, ela voltou ao cenário da TV, onde sempre se destacou, como apresentadora do programa Cidade Alerta, no final da tarde, na SICTV/Record. Novo sucesso. Agora, além da TV, onde continuará comandando seu programa de segunda a sexta, Cristiane enfrenta novo desafio.
Foi convidada pelo governador Marcos Rocha para assumir a missão de secretária adjunta da Educação, trabalhando em parceria com o secretário titular, Suamy Vivecananda. O anúncio oficial foi feito pelo secretário chefe da Casa Civil, num vídeo divulgado em que ele conta a novidade, ao lado de Suamy e Cristiane. A jovem jornalista promete trabalhar ao lado de Suamy, em prol da melhoria da Educação no Estado. Ao mesmo tempo agradeceu a Marcos Rocha pelo convite, que considera honroso. O ano de 2021 está sendo especial para Cristiane. Além das conquistas profissionais, ela ainda anuncia uma gravidez de três meses.
BOLSONARO ANUNCIA VINDA A RONDÔNIA. LULA TAMBÉM VIRÁ. DATAS NÃO FORAM CONFIRMADAS
Nas próximas semanas, em data ainda a ser anunciada, o presidente Kair Bolsonaro voltará a Rondônia, segundo ele confirmou, num encontro com o senador Marcos Rogério, ainda antes do 7 de setembro, aquele que lotou de gente nas ruas das maiores cidades do Brasil.
Por enquanto não há maiores informações sobre a próxima visita presidencial, mas foi o próprio Bolsonaro quem confirmou que “em breve” visitará Rondônia. Outra visita ilustre, que está sendo programada, mas também sem data oficial, trará o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Estado. A assessoria petista anuncia o que se chamará de Caravana da Amazônia. Lula, como pré-candidato à Presidência, deverá visitar todos os estados do norte brasileiro, até o final do ano. Portanto, num curto espaço de tempo, receberemos por aqui os dois mais importantes nomes, ao menos até agora, que disputarão a Presidência, no final do ano que vem.
Um terceiro pré-candidato, Ciro Gomes, ainda não definiu quando começará seu périplo pelo país. Seu partido, o PDT, aqui no Estado comandado pelo senador Acir Gurgacz, ainda não definiu detalhes da futuro visita de Ciro.
PERGUNTINHA
Você é contra ou a favor da mudança que está sendo proposta pela Fifa de que tenhamos disputa da Copa do Mundo de futebol a cada dois anos e não mais de quatro em quatro anos?