Dignidade menstrual: Além do AC, mais 12 estados acenam aprovação de projetos semelhantes ao vetado por Bolsonaro

Diferente do presidente Jair Bolsonaro, que vetou o projeto que previa a distribuição de absorventes para mulheres e estudantes em situação de vulnerabilidade, o Acre e mais 12 estados já sinalizaram que adotarão as medidas em prol do combate à pobreza menstrual.

Na realidade local, o projeto aprovado por unanimidade, de autoria do deputado estadual Chico Viga (Podemos), obriga que as escolas do estado disponham de absorventes menstruais para que as meninas possam usá-las quando sentirem necessidade.

Após a sanção do governador Gladson Cameli, a Secretaria de Educação, Cultura e Esportes (SEE) providenciará os itens para as escolas que, inclusive, já retornaram às aulas no último dia 04 de outubro.

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De acordo com um levantamento feito pelo jornal Estadão, além do Acre, São Paulo, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Paraíba, Rio de Janeiro, Santa Catarina e o Distrito Federal têm projetos na área. Em debates, encontram-se os estados do Tocantins e Sergipe.

Segundo pesquisa da Johnson & Johnson Consumer Health em parceria com os Institutos Kyra e Mosaiclab, a pobreza menstrual afeta 28% das mulheres de baixa renda no Brasil, e 40% destas pertencem à faixa etária entre 14 a 24 anos. Um levantamento feito pela Always também constatou que papel higiênico, jornal e miolo de pão são usados no lugar de absorventes, o que pode comprometer a saúde das mulheres.

A expectativa atual de ativistas da causa, com relação à decisão do presidente, é de que o Congresso Nacional derrube o veto.

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