Governo acreano se reúne com Abin e governo peruano para buscar soluções para crise humanitária na fronteira

O aumento da crise humanitária em várias partes do mundo fez acender a luz de alerta vermelho de instituições envolvidas com a política de defesa dos Direitos Humanos no Acre em relação às fronteiras do Brasil com o Peru e a Bolívia, no Alto Acre. É por ali, em Assis Brasil, a partir da cidade peruana de Iñapari, que vem sendo registrado o maior número dos imigrantes ilegais que usam a região como rota para fuga da miséria e, em alguns casos, de perseguições políticas. Há casos também de tráfico humano pela região.

Por isso, prevendo o possível aumento de migrantes pela região, o governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Assistência Social, dos Direitos Humanos e Políticas para as Mulheres (SEASDHM), realizou reuniões na região, na semana passada. O órgão compareceu a uma reunião com membros da segurança peruana, em Iñapari.

Membros do órgão de assessoria da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) acompanharam a equipe do governo para conhecer melhor os seus locais de estudo, estreitar as relações das instituições e compreender como funciona o fluxo de migrantes antes deles chegarem ao Acre. “Quando assumi minha função, senti a dificuldade das relações entre os países, e defini como essencial realizar essas conversas prévias e a troca de informações, facilitando as situações e possibilitando melhores cooperações”, relata Alan Oleskovicz, superintendente da Abin no Acre, que entende que as questões que envolvem o fluxo migratório não são fáceis e questiona as autoridades peruanas sobre diversas problemáticas, na busca de soluções que possam ser apresentadas aos governos.

O coronel da Polícia Nacional de Peru, Manuel Oswaldo Diaz Barco, chefe da divisão de tráfico ilícito de migrantes, acompanhado de policiais que trabalham combatendo o tráfico de pessoas, participou como parte integrante da conversa, dando a perspectiva da segurança peruana. “Asiáticos, haitianos e colombianos são alguns dos migrantes que passam pelo Peru. Em trânsito para outras localidades, se colocam na posição de possíveis vítimas do contexto da migração”, aponta o coronel Diaz, que se preocupa quanto à regularização dos documentos e intenções daqueles que ingressam ao país.

Maria da Luz, chefe do Departamento de Proteção e Defesa dos Direitos Humanos, explicou para as autoridades peruanas como o governo brasileiro atua auxiliando migrantes e refugiados, com medidas de prevenção, capacitações e o recebimento de migrantes nos abrigos do estado, onde eles são acolhidos e recebem acompanhamentos. Um trabalho que provém apoio social e que necessita da parceria de diversas instituições, como a polícia e as prefeituras dos municípios.

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