Intenção de Consumo das Famílias (ICF) apresenta resultados positivos no Acre, diz Fecomércio/AC

No Acre, os indicadores da Intenção de Consumo das Famílias (ICF) demonstraram os mesmos dados da Região Norte, segundo avaliação do consultor da presidência da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio/AC), Egídio Garó. Os índices, divulgados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) na última semana, apontam que, nacionalmente, a ICF diminuiu em 0,4% em relação ao mesmo período de anos anteriores, sendo, portanto, nula.

Segundo Garó, as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste foram as que apresentaram resultados positivos. Além disso, de acordo com a nota divulgada pela CNC, a perspectiva profissional e a segurança na manutenção do emprego foram os únicos indicadores positivos em detrimento dos demais.

Ainda de acordo com Garó, em relação à manutenção do emprego atual, a Região Norte foi a segunda com resultado satisfatório acima dos demais, com um indicador positivo de 1,6%; de acordo com o estudo, todo Brasil obteve bons índices.

“A nulidade da intenção de consumo das famílias vem por conta da renda, se comparada ao ano passado, que permanece a mesma para a maioria dos consumidores. Associado à carestia, é esperado que tal indicador reflita a diminuição do consumo e, consequentemente, sua perspectiva de gastos”, reforçou Egídio, acrescentando ainda que o indicador Acesso ao Crédito apontou que, em todo o País, está mais difícil obter crédito. “O que ocorre pela elevação da taxa SELIC, que encarece os juros cobrados pelas operações, o aumento do IOF e as normas bancárias internas que são extremamente rígidas para sua concessão. Na Região Norte, este indicador é negativo, indicando que em todos os Estados que compõem tal região, cada vez menos consumidores recorrem ao crédito como forma de aquisição ou serviços, deixando de realizá-los”.

Ainda segundo o consultor, o nível de consumo atual na região nortista, de maneira geral, foi menor do que nos períodos anteriores. “Produtos duráveis, como móveis e eletrodomésticos, continuam em um momento negativo, indicando que o consumidor está cauteloso com a compra. Esse fenômeno se associa com o acesso ao crédito, que desmotiva o consumidor de ir às compras”, disse.

Garó reforçou também que, por conta das últimas pesquisas realizadas pela Fecomércio/AC, percebe-se que o consumidor buscará um consumo um pouco maior. “A exemplo do ocorrido na última data do Dia das Crianças, em que tanto os consumidores quanto os empresários do setor, sentiram resultados positivos com relação aos eventos anteriores. A próxima data relevante para o comércio, as festividades de final de ano, que se iniciam com a Black Friday, devem melhorar alguns dos indicadores. Contudo, aqueles relacionados à manutenção do emprego, acesso ao crédito e perspectivas de consumo elevadas não devem ser percebidos até o final deste ano”, finalizou.

Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, é possível identificar uma perspectiva mais favorável em relação ao consumo nos próximos meses. Mas, ainda assim, chamam a atenção as quedas observadas, que são resultados da incerteza gerada pelo momento econômico. “As incertezas econômicas, com a inflação e a alta dos juros, reduzem o poder de compra. No entanto, apesar dessas dificuldades, o consumo segue avançando em relação ao ano passado”, avaliou Tadros.

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