A Holanda identificou 13 casos da variante ômicron do coronavírus entre os 61 viajantes que testaram positivo para a Covid-19, informaram as autoridades de saúde do país neste domingo (28)
“Em nossa investigação, que ainda está em andamento, encontramos até agora 13 casos da variante ômicron”, disse o Instituto Nacional de Saúde em um comunicado.
O grupo de passageiros infectados chegou ao país em dois voos vindos da África do Sul, na sexta-feira (26). No sábado foram submetidos a novos testes. Todos estão em isolamento.
O ministro da Saúde da Holanda, Hugo de Jonge, disse em entrevista coletiva que “não é improvável” que mais casos da variante apareçam no país.
“Esta pode ser a ponta do iceberg”, afirmou Jonge.
A variante ômicron do coronavírus foi classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como ‘variante de preocupação’, e diversos países restringiram viagens ao sul da África.
Também neste domingo, a Dinamarca anunciou ter encontrado a variante ômicron em dois viajantes que chegaram ao país. Elas estão em isolamento e seus contatos foram rastreados.
No sábado, a Alemanha identificou um caso da ômicron também importado. Ele foi colocado em isolamento logo após o diagnóstico positivo para a doença.
O Reino Unido, com dois casos confirmados, reforçou as medidas sanitárias e ordenou a testagem e isolamento de todos os viajantes – de qualquer país – que chegarem à ilha pelos próximos dez dias.
Passageiros que tentam retornar da África do Sul, após descoberta da variante ômicron, ficaram presos no aeroporto em meio a cancelamentos de voos e mais restrições. Veja no VÍDEO clicando AQUI.
Voos suspensos na Holanda
O governo holandês proibiu todas as viagens aéreas do sul da África na manhã de sexta-feira. No entanto, dois voos da KLM, com cerca de 600 passageiros, chegaram a desembarcar em Amsterdã.
O ministro da Saúde, Hugo de Jonge, determinou que os passageiros que já estavam a caminho da Holanda fossem submetidos a testes e quarentena na chegada ao país.
Centenas de passageiros, que vinham da Cidade do Cabo e de Joanesburgo, reclamaram nas redes sociais das “horas de espera” na pista.
Uma repórter do jornal americano “The New York Times”, Stephanie Nolen, estava em um dos voos e chegou a narrar o cenário de confusão.
“Muitos aplausos porque chegou um ônibus que vai nos levar… para algum lugar”, escreveu a jornalista.
Nolen, que afirmou ter testado negativo para o vírus, contou que o ônibus chegou em uma área de testes “com uma fila enorme”.
“Posso ver testadores de Covid com roupa azul brilhante bem à frente”, narrou. “Ainda sem lanchinhos para os bebês que estão chorando.”
Um porta-voz das autoridades de saúde em Kennemerland – região responsável pelo aeroporto Schiphol, – disse que os casos positivos são acompanhados pelo hospital universitário.