Em artigo, Narciso Mendes diz que união do centro é única saída para polarização Bolsonaro/Lula

Pessimismo/otimismo.

Cresce o pessimismo e decresce o otimismo em nosso país, e em todos os nossos setores: públicos e privados.

Dizem que o pessimista não vê em cada dificuldade uma oportunidade e o otimista vê em cada dificuldade uma oportunidade. Nada contra àqueles que assim procedem, entretanto, quando a realidade se impõe, faz-se necessário que suas causas sejam identificadas.

Lamentavelmente, a realidade tem imposto ao nosso país, e a todos nós, brasileiros, as mais gravíssimas consequências, a ponto de ter feito dos pessimistas, os nossos verdadeiros profetas, afinal de contas, já são tantas as crises que vivenciamos, e sem soluções à vista, que o nosso desânimo cada vez mais vem crescendo e se generalizando.

Analisando as causas, ou mais precisamente, a causa que nos levaram a nossa tão angustiante situação, a nossa crise política sobressai-se como a origem de todas as nossas crises. Portanto, sem a solução desta, todas as demais só irão se agravar.

Não mais podemos esperar pelas eleições de 2022, pior ainda, quando as atenções dos nossos dirigentes políticos, e em todos os níveis, em seus horizontes e em tudo que fazem, só buscam se viabilizarem eleitoralmente e numa luta do tipo: vale-tudo.

A comprovar que sim, para além da polarização Jair Bolsonaro/Lula ora estabelecida, na busca pela presidência da nossa República, com vista as eleições do próximo ano, eis que surgiu a chamada terceira via, dizendo-se contrária a referida polarização, porém, em tudo que fazem só nos leva a crer que no 2º turno das eleições de 2022, nenhum dos atuais presidenciáveis centristas, verá o seu nome nas suas respectivas urnas.

Ora, se nem o nosso autoproclamado centro político não encontrou, e dificilmente encontrará o seu próprio centro, falta-lhes o mínimo necessário para se contrapor a já referida polarização, posto que, os erros e os acertos do ex-presidente Lula e do atual presidente Jair Bolsonaro, sobretudo seus erros, já foram sentidos pela nossa população e só os prejudicariam eleitoralmente caso uma candidatura única surgisse como alternativa do nosso chamado centro política.

Peguemos como exemplo a suposta e cogitada candidatura do ex-juiz Sérgio Moro. Qual será a sua plataforma eleitoral e que seja capaz de convencer o eleitorado brasileiro que as soluções das nossas crises passariam pela sua eleição a presidência da nossa República, se para além da sua reconhecida incapacidade política, enquanto manda chuva da Operação Lava-Jato, tudo que produziu e que merece ser destacado, foi ter proporcionado a criminalização da nossa atividade política.

Para demonstrar são contrários a polarização Bolsonaro/Lula, e com alguma chance de êxito, só a união do nosso centro político.

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