A corrida espetacular de Lewis Hamilton no GP de São Paulo, em que começou na 10ª posição e terminou vencedor ultrapassando na pista os principais rivais, rendeu elogios ao britânico por parte de Sergio Perez, companheiro de Max Verstappen, líder do mundial de pilotos, na RBR.
– Eu olhei no meu retrovisor na saída da curva e me senti bem segurou em relação à distância. Mas logo depois eu olhei de novo e ele estava na minha cola. Foi realmente impressionante – revelou Sergio Perez.
Muito do desempenho excepcional da Mercedes de Hamilton vem também da troca da unidade de combustão do motor, que custou uma perda de cinco posições no grid de largada ao britânico. A equipe considerou o desempenho do carro no Brasil “encorajador”.
– Tivemos um bom ritmo nas condições mais amenas da sprint. Na corrida, foi uma performance muito forte, em uma pista muito quente. Chegamos a ver 50 graus em um circuito muito agressivo e o carro esteve muito bem. Fazer isso em várias sessões, com tamanha amplitude de condições, foi muito encorajador quando você olha para os desafios que teremos nas próximas três etapas – destacou o engenheiro da Mercedes Andrew Shovlin.
O chefe da equipe alemã Toto Wolff, porém, não acredita que a vantagem do motor novo de Hamilton vá durar muito, porque a tendência é a perda de desempenho conforme a unidade for sendo mais utilizada.
– Há uma queda no desempenho de qualquer motor. Isso significa que, embora estejamos correndo com ele até o final da temporada, certamente perderemos ritmo. Vamos até o fim do ano agora com esta unidade. Ainda temos dúvidas sobre a confiabilidade, mas esperamos ter as respostas certas – explicou Wolff.
A vitória no Brasil recolocou Lewis Hamilton na disputa pelo título mundial, que seria o oitavo de sua carreira. A diferença de pontos, que chegou a ser de 21 a favor de Max Verstappen, caiu para 14, restando três etapas para o fim da temporada.