Acreana Glória Perez lembra os 29 anos do assassinato da filha Daniela: ‘Tempo não ameniza dor’

Esta terça-feira, 28 de dezembro, marca, no calendário das tragédias humanas, os 29 anos do assassinato da Daniella Perez, assassinada pelo ex-ator Guilherme de Pádua e sua então esposa Paula Thomaz, a tesouradas, num terreno ermo do Rio de Janeiro. Daniela fazia sua terceira novela quando foi morta pelo então colega, seu par romântico na trama, e a então mulher dele, Paula Thomaz. Os dois armaram uma emboscada para a atriz e a mataram com tesouradas, em 28 de dezembro de 1992, quando Daniella tinha 22 anos.

Ela fazia par romântico com Pádua na novela “Corpo e Alma”, então exibida pela Rede Globo e escrita pela mãe da atriz, a novelista Glória Perez, acreana de Rio Branco (AC), cidade na qual ainda tem amigos e muitos familiares.

Em suas redes sociais, a novelista lamentou a data e a morte da filha nesta terça-feira. “Os psicopatas existem. Eles não são ficção e estão no meio de nós”, escreveu a novelista. “O tempo não ameniza nada. Nem a dor, nem a revolta pela impunidade dos assassinos”, acrescentou.

O ator Raul Gazolla, que era casado com a atriz, compartilhou a publicação de Gloria e acrescentou: “Hoje faz 29 anos do assassinato da minha mulher, amiga, filha”, disse. Outros famosos também lembraram a data.

A atriz Cristiana Oliveira também prestou sua homenagem: “Menina, minha irmãzinha, até hoje não entendo, nem nunca vou entender porque tiraram você de nós… tão estranho, tão louco, tão surreal. Minha amiga linda, minha confidente, linda na sua doçura, na sua solidariedade, colega incrível… quantos momentos, eu, na minha primeira novela na Globo, morrendo de medo, insegura, e você ali, me incentivando, contestando quando alguém falava que era inexperiente e não deveria estar ali… Dani, tenho saudades demais de você, sempre vou sentir. Gloria Perez, amo você. Muito. Estarei sempre contigo. 29 anos hoje. Amo você, Daniella. Sempre e para sempre”, escreveu.

Outra atriz que se manifestou nas redes sociais foi Claudia Mauro: “Há 29 anos sem Dany. E quantas danças, conversas, viagens, risadas, encontros, quantas histórias deixamos de viver juntas. Fica o amor e a saudade infinita… e a sensação de injustiça e indignação permanente. ‘Eles’ estão por aí, andando livres pelas ruas…”.

O crime teria sido motivado por uma insatisfação do ator, que queria perdido espaço na trama por causa do sucesso de Daniella, e também pelo ciúmes que Paula tinha da atriz. Guilherme foi condenado pela morte da atriz e deveria passar 19 anos na prisão, mas foi solto em 1999, após cumprir cerca de um terço da pena. Ele não voltou a atuar e se tornou pastor. O assassinato da atriz será tema de uma série documental que está sendo produzida pela HBO Max.

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