Com o aumento na procura dos serviços de saúde, o governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), procurou melhorar o atendimento à população acreana. Com esse objetivo em mente, os enfermeiros do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into-AC) foram alvo de um curso de capacitação no Protocolo de Manchester, na última quarta, 19.
Esse método é um sistema de classificação de risco, cujo objetivo é identificar quais pacientes necessitam de atendimento imediato. Para essa identificação, após serem considerados os sinais e sintomas para avaliação do potencial de risco e grau de sofrimento, os enfermeiros podem classificar os doentes em níveis de gravidade por cores: vermelho, laranja, amarelo, verde e azul.
Vermelho indica emergência, laranja é muito urgente, amarelo é urgente, verde e azul indicam pouca urgência e não urgente, respectivamente.
O Protocolo de Manchester foi definido pelo Grupo Brasileiro de Classificação de Risco (GBCR) e é utilizado por enfermeiros utilizando a avaliação dos sintomas. Portanto, não pode envolver diagnóstico médico.
De acordo com Jomara Martins, ministrante do curso, enfermeira e coordenadora do programa Melhor em Casa, do Sistema Único de Saúde (SUS), que possibilita o atendimento de pacientes em domicílio, esse treinamento é importante para melhorar o atendimento nas unidades de saúde.
“Como a procura por atendimentos no Into aumentou, a gestão observou a necessidade de capacitar os enfermeiros. O curso foi voltado para a classificação de risco de pacientes com covid-19 e síndromes respiratórias. Temos uma resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) que torna obrigatória a implantação de acolhimento com classificação de risco para o atendimento dos pacientes em todos os serviços de pronto atendimento 24 horas”, conta Martins.
Além das unidades de saúde pública da capital acreana, outras unidades do estado, como a de Cruzeiro do Sul, a de Mâncio Lima e a de Rodrigues Alves, também receberam esse curso de atualização. “Nossos enfermeiros estão aptos a atender de forma resolutiva e responsável a população que procura o pronto atendimento do Into”, conclui Martins.