“Oá” é uma jiboia arco-íris da Amazônia e, no auge dos seus dois anos e dez meses, passa os dias entre carinhos e chamegos de seus tutores em Campo Grande. Nascida em um criatório de cobras em Minas Gerais, foi adquirida ainda pequena pela família da estudante de física Aurora de Arruda Savalio, 18 anos. Atualmente, a serpente já tem 1,40 metros e encanta com seu brilho.
A mãe de Aurora é a tutora legal do animal, que é registrado e possui chip de identificação. Contudo, Oá passa bons momentos ao lado da jovem, que explica o “brilho natural” de seu pet.
“Na verdade elas são conhecidas como arco-íris não pela cor delas, mas pela iridescência característica que ocorre nas escamas quando exposta a uma luz direta”.
Oá é o primeiro animal de estimação exótico da família, mas a vontade é antiga. “Minha mãe sempre gostou de serpentes e queria ter uma há muito tempo, mas postergávamos a ideia. Até que um dia uma de minhas amigas adquiriu uma cobra e eu mandei vídeos e fotos para minha mãe, aí a gente decidiu de vez”, conta a acadêmica.
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Oá gosta de ficar sob cobertores com os donos. — Foto: Reprodução/ArquivoPessoal
Rotina serena
Oá tem um dia a dia tranquilo, entre momentos enrolada na própria toca e chamegos dos tutores e conhecidos. “Quando ela come fica de quatro a cinco dias sem sair da toca e também não mexemos nela, após isso volta ao normal e periodicamente ela troca de pele”, conta Aurora.
A jovem relata que Oá gosta mesmo é de um cantinho escuro para se acomodar, seja na própria toca ou com os familiares. “Ela é super mansa, vai com qualquer pessoa, mesmo desconhecida, ela gosta de se enrolar e procurar um lugar escuro, como embaixo da coberta ou da gente”, descreve a acadêmica. “Ela come em torno de 20 em 20 dias e fica uns cinco dias sem poder mexer”, completa.
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Até em videochamada Oá interage. — Foto: Reprodução/ArquivoPessoal
A família tem também dois gatos de estimação. Aurora relata que um tem medo de Oá e o outro, curiosidade. “A menor [da foto abaixo] tem bastante curiosidades e já teve vez de pegarmos ela lambendo o vidro do terrário com a Oá nele. A gente nunca deixa elas chegarem perto, mas ela tenta. Já o meu gato, o grandão, tem medo, fica longe, observa de longe e não tenta chegar perto”.
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Terrário de Oá já foi lambido por gata que tem curiosidade sobre ela. — Foto: Reprodução/ArquivoPessoal
Cuidados
Aurora pontua que apesar de uma rotina leve, é preciso se atentar a certos cuidados na hora de escolher uma jiboia arco-íris como animal de estimação. “É um animal que vive em torno de 30 anos ou mais, então precisa se planejar com relação a isso. E é bom ter uma reserva financeira para custos, pois os cuidados veterinários podem ser bem caros”, ressalta.
Além disso, a tutora explica que a cobra precisa ter um espaço próprio. “É importante que ela tenha um terrário com um galho, alguma coisa para subir. Tem muitas jiboias que ficam dentro de potes da água, mas a nossa não gosta, prefere ficar dentro da toca. E o espaço precisa ter temperatura controlada, de 27°C a 31°C, e controlar a umidade também, principalmente quando ela for trocar a pele, porque ela precisa de uma umidade maior”.
Respeitando as individualidades da espécie, Aurora garante que é uma boa opção. Apesar de ser mais reservada, Oá também desfruta de bons momentos com a família.
“Não é um animal que você possa esperar uma reação muito grande, como gato ou cachorro, mas é realmente um animal muito interessante, muito curioso. Às vezes a gente está assistindo alguma coisa, a gente coloca ela embaixo da coberta, ela se enrola lá e fica assistindo com a gente”, conta a estudante.
