Jorge Ben Jor relata vida no Copacabana Palace, para onde se mudou após ter casa destruída: ‘Não tinha onde morar’

É de uma janela do anexo do Hotel Copacabana Palace, no Rio, que Jorge Ben Jor acompanha, há pouco mais de dois anos, a chuva chover e admira as belezas do país tropical. Foi para lá que o cantor, mito da música brasileira, se mudou depois de ter parte da casa em que vivia, na Barra da Tijuca, destruída por um temporal. Durante esse tempo, ele compôs músicas (uma delas sobre a história do bairro onde fica seu novo lar) e fez aparições supresas, dando canjas em eventos que aconteciam por lá.

“Botei minha casa para reformar e fui morar no Copacabana Palace. Quando caiu um tsunami de chuva, não tinha ninguém em casa, esqueceram de fechar e a água invadiu tudo. Eu não tinha onde morar. Ou eu ficava com meu filho Gabriel em Los Angeles, nos Estados Unidos, ou ia para o hotel. Me mudei e estourou a pandemia. O hotel fechou para todo mundo. Ficamos lá só eu e a Sandra, que administrava o lugar. Todo mundo saiu de lá ou foi mandado embora. Só não fechou por nossa causa”, contou Jorge Ben Jor, de 82 anos, em entrevista a Washington Olivetto no podcast W/ Cast. A informação foi antecipada pela coluna Retratos da Vida, do Extra.

Há alguns meses, o cantor ganhou Gilberto Gil como vizinho, que se mudou para o prédio ao lado com a mulher, Flora Gil. A chegada do amigo coincidiu com o momento em que Ben Jor começou a deixar, aos poucos, o confinamento:

“Fiquei um ano e meio sem sair do hotel ou ir para rua. A gente tem um médico no hotel que faz o nosso acompanhamento, checa como a gente está. Fiquei muito tempo sem conversar com ninguém”, relata o cantor, ainda sem previsão de voltar para a antiga casa.

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