MPAC
Tomou posse na noite da última segunda-feira (24) o novo procurador-geral do Acre, Danilo Lovisaro. Nomeado pelo governador Gladson Cameli (PP) em 29 de novembro do ano passado, Lovisaro foi o primeiro colocado da lista tríplice do Ministério Público do Acre. O mandato do novo procurador-geral vale para o biênio 2022/2024.
Gentileza gera gentileza
E foi na cerimônia de posse do novo procurador-geral que dois pré-candidatos ao Governo do Acre, o senador Sérgio Petecão (PSD) e o deputado estadual Jenilson Leite (PSB), se encontraram e trocaram gentilezas, com direito até a fala pública do deputado sobre as andanças dos dois pelo interior do Acre. Em sua fala, Jenilson contou sobre um episódio de quando encontrou o senador nas cabeceiras do Rio Jordão, quando começou a chover e ambos precisaram procurar um lugar para se abrigarem.
Réplica
O senador retribui a gentileza da lembrança em suas redes sociais. Nos stories do Instagram de Petecão durante o evento de ontem, só deu Jenilson. “Sempre encontro o Jenilson nas andanças pelo nosso Acre” e “um amigo de lutas e caminhadas”, foram as legendas que o senador usou para encher a bola do colega.
Sonho antigo
O senador nunca escondeu pra ninguém sua vontade de ter o deputado Jenilson Leite caminhando junto com ele nas eleições desse ano. Algumas reuniões já aconteceram entre os dois, mas nada ficou acertado até o momento.
Não desiste
Questionado pela coluna se não ia desistir de ter o deputado socialista junto dele, o senador foi enfático: “Gostaria muito (de ter o Jenilson em sua chapa). Gosto muito dele”.
Dificuldades
Apesar de ser uma vontade do senador a construção dessa aliança, há muitos fatores que podem atrapalhar o desenrolar dessa união. O primeiro e mais importantes deles é que Jenilson não cogita abrir mão da disputa pelo Governo. O que um não quer, dois não fazem.
Federação
Outra dificuldade que pode botar água no chopp do senador é a questão da federação. Prestes a se unir ao PT, PCdoB e PV, o PSB de Jenilson deve investir em alianças apenas com partidos do campo progressista, o que não é o caso do PSD de Petecão. O próprio senador reconhece a dificuldade que a federação impõe aos seus planos. “Realmente complica”, disse à coluna.
Todavia
Porém, entretando e todavia, como já dizia Magalhães Pinto, ex-governador de Minas Gerais, “a política se move como nuvem, você olha e ela está de um jeito. Olha de novo e ela já mudou”. Ou seja, tudo (ou quase tudo) pode acontecer daqui até a data do pleito.
Olavo
Morreu hoje o maior baluarte do pensamento bolsonarista, o astrólogo Olavo de Carvalho. O autointitulado filósofo é a maior referência do pensamento da extrema-direita brasileira e tem grande crédito na formação do fenômeno bolsonarista. A morte de Olavo rendeu manifestações de condolências por grande parte dos políticos de seu espectro ideológico. O presidente Bolsonaro decretou luto oficial por um dia.
Poucas manifestações
Se nacionalmente, os políticos ligados a Bolsonaro e ao escritor Olavo de Carvalho lamentaram a morte do guru, os bolsonaristas do Acre quase não se manifestaram. Entre os poucos que lamentaram a morte do escritor, estão o senador Marcio Bittar (PSL), o deputado federal Alan Rick (DEM) e a pré-candidata ao Senado, Márcia Bittar (Sem partido).
Covid
Ainda que a informação não seja oficial, a morte de Olavo pode ter sido causada por complicações da Covid-19. A família não quis divulgar a causa do óbito, porém, o guru bolsonarista foi diagnosticado com a doença há poucos dias. Voz potente do negacionismo científico, Olavo desdenhou da doença e da vacina durante toda a pandemia.
