A situação de Paulinha Abelha foi explicada durante uma coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira (22/2). Segundo os médicos responsáveis pelo tratamento da cantora, a parte neurológica da artista é o que mais preocupa, já que ela está no estágio mais grave do coma. Ela foi internada no último dia 11 de fevereiro.
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A entrevista foi realizada pelo Dr. André Luis Veiga, médico intensivista, Dr. Ricardo Leite, diretor técnico do Hospital Primavera, e Dr. Marcos Aurélio Alves, médico neurologista. Segundo os especialistas, Paulinha apresenta a escala de Glasgow 3. “Coma é uma condição reversível. Em nenhum momento falamos em morte cerebral”, começou, Marcos.
“Existe o coma profundo, que traduz uma injúria encefálica severa, mas não existe o conceito de irreversibilidade ainda”, continuou o profissional.
Os profissionais relataram que não foi constatada qualquer lesão relacionada a substâncias de cunho estético, como remédios de regime ou diuréticos. “Ela tomava algumas formulações, mas era em caráter supervisionado [por médicos]”, pontuaram.
“Quando falamos em toxicidade, ele é um agressor. Mas não é necessariamente uma toxina. Podemos estar diante de algum medicamento prolongado”, explicou Ricardo Leite.
Apesar da situação, ainda não há um diagnóstico certeiro sobre a condição de Paulinha. “A gente trabalha com proximidade de uma lesão renal aguda. Muitos pacientes se recuperam em situações assim, outros podem desenvolver um caso mais crônico e necessitar de terapia renal substituída. Nesse momento, substituímos pela hemodiálise”, acrescentou.
De acordo com os profissionais, a cantora não será transferida para São Paulo, como era o desejo da família da artista. Para os médicos, o Hospital Primavera, em Aracaju (SE), tem todos os equipamentos necessários que ela precisa por enquanto.