Um militar do Exército de 21 anos foi preso nesta quarta-feira (23), suspeito de ordenar a morte de um ex-militar no bairro Coroado, em Manaus. O pai dele também foi preso. Segundo familiares da vítima, o militar devia dinheiro para o homem e planejou o crime.
De acordo com a mãe do ex-militar Diego Junior de Souza Serra, de 30 anos, Edileusa Branches de Souza, o filho havia emprestado dinheiro diversas vezes para o suspeito. Ela contou que ele já devia cerca de R$ 100 mil para a vítima.
Diego passou a cobrar os valores do militar constantemente até que o suspeito marcou para se encontrar com ele em um posto de gasolina no bairro Coroado no dia 6 de dezembro.
“Ele mandava mensagem direto dizendo ‘Diego, tu tem que vir. Tu não pode faltar. Você tem que vir porque se não, eu não vou ter como te transferir esse dinheiro. Meu filho deixou a mulher dele e foi para lá. Por volta de 21h, a esposa dele chegou aqui gritando e dizendo que tinham matado ele”, disse Edileusa.
O crime foi registrado por câmeras de segurança. As imagens mostram quando Diego chega. Dois homens estavam em uma moto no aguardo dele. Um deles desce, atira duas vezes contra a vítima e, depois, eles fogem do local.
Ainda segundo a mãe de Diego, após o crime, o militar ainda foi até a casa da vítima para apagar provas da dívida que ele tinha com a vítima. Ele foi visto por um vizinho que achou a situação estranha e questionou o que havia acontecido.
“A esposa dele contou que pegaram o homem que estava lá na casa dele. Pegando as coisas dele. Eu disse que estava errado aquilo. Depois descobrimos o que tinha acontecido no posto do Coroado”, contou.
A mãe da vítima e a polícia tiveram acesso às imagens de câmeras de segurança e identificaram que o militar estava no local quando o crime aconteceu. Ele passou a ser investigado desde então.
Nesta quarta-feira (23), a mãe da vítima recebeu a informação que o suspeito estava em um quartel e avisou a polícia. Quando ele saía, no início da tarde, ele foi preso pela Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS).
A delegacia deve seguir as investigações para localizar e prender os outros dois suspeitos de terem participado do crime.