Com dois pênis, um menino de apenas 7 anos precisou passar por uma cirurgia delicada para remover um dos órgãos. O caso foi relatado por médicos de Tashkent, no Uzbequistão, no site acadêmico Science Direct. De acordo com os pesquisadores, esse tipo de anomalia é rara, ocorrendo em uma a cada 5 ou 6 milhões de pessoas.
No artigo que foi repercutido pelo tablóide Daily Mail, os especialistas afirmaram que a criança foi encaminhada ao ambulatório com a genitália anormal. Após a análise dos exames, os pesquisadores identificaram dois pênis completamente desenvolvidos. O paciente tinha uretra, canal que conduz a urina à bexiga, nos dois pênis e uma única bexiga.
Segundo os pesquisadores, a duplicação peniana, conhecida como difalia, é analisada desde o século XVII, no entanto, existem pouco mais de 100 casos relatados. A maioria dos casos dessa anomalia está associada a malformações urogenitais — incluindo a duplicação da bexiga —, anorretais e anomalias musculoesqueléticas.
Não está claro exatamente como a difalia ocorre e não há um único fator de risco conhecido, mas acredita-se que aconteça por acaso quando a genitália se desenvolve no útero. Os pacientes têm difalia completa quando ambos os pênis estão bem desenvolvidos, ou difalia parcial, quando um pênis é menor ou deformado.
Neste caso, o menino tinha difalia completa e ambos os pênis estavam totalmente funcionais e se desenvolvendo normalmente — o que fez a cirurgia ser ainda mais desafiadora. Durante a operação, o pênis esquerdo e a uretra foram removidos e o jato de urina da criança teve que ser redirecionado apenas para o lado direito. Um cateter foi colocado por 21 dias enquanto o menino se recuperava no hospital.