Não foi por acaso ou por esquecimento que MDB, PSDB e União Brasil excluíram o Podemos do ex-juiz Sergio Moro da reunião no domingo (13/3), quando dirigentes dos três partidos iniciaram as discussões sobre uma candidatura única da terceira via à Presidência da República nas eleições deste ano.
A ausência do Podemos no encontro foi proposital. Segundo lideranças emedebistas e tucanas, os três partidos deixaram a legenda de Moro de fora como uma forma de pressionar o ex-juiz a “descer do salto” e sinalizar que também topa abrir mão de sua candidatura em nome de uma união da terceira via.
O ex-juiz da Lava Jato até tem defendido publicamente a união dos pré-candidatos que tentam furar a polarização entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Lula (PT). Mas faz questão de ponderar não ver sentido em abdicar de sua candidatura, por ser o nome da terceira via mais bem colocado na pesquisas.
Como a coluna noticiou recentemente, outros pré-candidatos da terceira via pretendem aumentar a pressão contra Moro nas próximas semanas. Nessa estratégia, já começaram a propagar nos bastidores a tese de que o ex-juiz pode acabar se tornando o “vilão” das eleições de 2022.
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