15 de junho de 2024

Por que não comer carne vermelha na Semana Santa? Entenda a tradição de parte dos cristãos

Nesta quinta-feira (14) estamos chegando ao final da Quaresma e da chamada Semana Santa, período que para os cristãos é lembrada a crucificação e comemorada a ressureição de Jesus Cristo, um dos feriados mais importantes para os cristãos celebrado a mais de 2022 anos.

Jesus Cristo é o símbolo maior da religião cristã, a Páscoa simboliza o período de maior sofrimento e vitória que Ele passou em nome da humanidade, redimindo os pecadores que hoje podem contar com seu sacrifício para serem livres e perdoados.

Na quaresma, período em que antecede o feriado de Páscoa em 40 dias, muitos cristãos dão início ao jejum de não comer carne nas sextas-feiras, outros esperam a Semana Santa e iniciam o jejum já na quinta-feira outros ainda esperam pela sexta-feira, a decisão vai de acordo com a consciência do fiel.

Padre Anísio Schwirkowski, que atua em Brusque no Vale do Itajaí, explica como surgiu a tradição cristã. “Os primeiros cristãos tinham o costume de celebrar a Páscoa somente no tríduo pascal, isto é, desde a Quinta-feira Santa. A quaresma era um período de preparação, com jejuns e penitencia, somente para os catecúmenos, àqueles que seriam batizados na Vigília Pascal”, explica.

No entanto, a tradição foi mudando com o passar dos anos. “Com o tempo, por volta do ano 350, esses 40 dias foram sendo estendidos para todos os cristãos, intensificando a vida de oração, o jejum e a prática da caridade”, salienta o Padre.

Apesar de muitos cristãos cortarem outros alimentos ou bebidas alcóolicas, o símbolo maior de jejum neste período é a carne vermelha, por ter um significado maior para os fiéis, como explica o padre.

“A carne pode representar o mundo material, as paixões, pecados, egoísmo, ganância; e o peixe simboliza alimento de vida e símbolo da ceia eucarística, uma vida mais simples” – Pe. Anísio Schwirkowski.

Busca essencial por uma vida simples

Mais do que lembrar os sacrifício de Cristo e comemorar sua ressurreição, o período de Quaresma e Páscoa, para os cristãos, simboliza um momento de reflexão, autoanálise e maior contato espiritual, a busca por uma vida mais simples e mais parecida com a de Jesus.

“É uma tradição tão forte que a Igreja orienta, inclusive, que em todas as sextas-feiras do ano se faça jejum, lembrando a sexta-feira Santa maior. A busca do essencial, da vida simples, para recordar de quem nos salvou e tanto sofreu por nós. É um costume bonito porque nos prepara para a Festa mais importante para nós, que é a Páscoa, a ressurreição de Cristo”, finaliza o padre.

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