Com uma população estimada em mais de 45 mil habitantes, a formação de Sena Madureira sofreu forte influência do povo Nordestino, principalmente do Ceará. Com o advento da segunda mundial e o predomínio da seca no sertão nordestino, famílias inteiras decidiram se deslocar para o Acre e ainda hoje permanecem por aqui.
Um dos exemplos é do aposentado Francisco de Assis Belo de Oliveira, conhecido popularmente como “Belo”. Ele relembra que veio para o Acre juntamente com os pais e os irmãos quando tinha somente 10 anos de idade e, desde então, nunca mais retornou à sua terra natal nem mesmo para visitar os demais familiares.
Nesta segunda-feira (9), seu “Belo” completou 90 anos de vida. “Lembro-me que gastamos três meses de viagem para chegar em Manaus. Em seguida viajamos para Boca do Acre e, por fim, para Sena Madureira onde estou até hoje. Moro há 80 anos aqui e não tenho mais vontade de voltar para o Ceará”, comentou.
Aos 90 anos de idade, o único problema de saúde que ele enfrenta é em relação à visão já que não consegue enxergar devidamente. Por outro lado, ainda faz caminhada pelas Ruas do município. O aposentado sai todos os dias de sua casa, no Bairro Cristo Libertador e cumpre um longo percurso passando, inclusive, pelo centro da cidade. “As pessoas ficam admiradas comigo”, frisou.
Seu “Belo” é descendente de uma família com características longevas. Para se ter uma ideia, seu pai faleceu aos 105 anos de idade.