Ator Ricardo Petraglia mostra plantação de maconha em casa e defende uso

Lá pelas vizinhanças de Xerém, um ilustre morador jogou umas sementes no seu quintal. Mas diferentemente do que diz a música cantada por Bezerra da Silva, ali não brotou um tremendo matagal, e sim uns pés de maconha muito bem cuidados, plantados pelo ator e ativista pela legalização da canabis Ricardo Petraglia, de 71 anos.

Conhecido por personagens boa- praça na TV, o artista recebeu a equipe do EXTRA em sua casa na Baixada, onde mora há 16 anos com a mulher, a produtora Marília Oliveira.

O lugar é pacato, e lá só se chega depois de alguns quilômetros em estrada de terra. Na conversa, ele fala da carreira, de seu podcast Mobydickshow e, claro, de maconha, enquanto fumava um baseado numa bela piteira. Confira:

Qual o papel da maconha na vida?

“Até 1985, eu era um drogado. Nunca fui de beber, mas cheirava, injetava, tomava ácido, fazia de tudo. Aí fui doar sangue para uma pessoa e descobri que tinha hepatite C, que peguei pelo compartilhamento de drogas. Então, parei com todas elas, me impus isso. Ou eu morreria ou optaria pela vida. A maconha foi a porta de saída para todas as outras drogas, uma válvula de escape. Eu já fumava antes também”.

Quando começou a plantar a erva?

“Em 2005, eu fiz uma operação coxofemoral para colocar uma prótese. Isso desequilibrou a minha coluna e comecei a ter dores inacreditáveis. Não podia tomar os analgésicos e anti-inflamatórios, por conta da hepatite. E meu médico perguntou por que eu não experimentava cannabis. Respondi: “car****”, eu experimento todo dia” (risos)”.

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