Tamanduá salva filhote em atropelamento e cria fica agarrada à mãe morta em rodovia

Um filhote de tamanduá foi resgatado agarrado ao dorso da mãe morta após um atropelamento, na rodovia federal 262, a 21 km de Miranda (MS). Ele foi resgatado por uma equipe da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e entregue à Polícia Militar Ambiental (PMA). O animal foi encaminhado, nesta terça-feira (21), ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras).

Conforme a PMA, esse comportamento é comum entre a espécie. O tamanduá costuma carregar os filhotes no dorso e as crias são poupadas em casos de atropelamentos.

“Normalmente o filhote escapa, especialmente quando o acidente é com veículo pequeno. Com o impacto do veículo na mãe, o filhote não é atingido e cai distante. Ele geralmente volta e fica junto com o corpo, correndo o risco de também ser atropelado, fato que infelizmente acontece algumas vezes”, detalha a PMA em nota.

O acidente, registrado no domingo (19), provocou a morte da mãe tamanduá. Após ser resgatado pela PRF, o filhote ficou sob os cuidados da médica veterinária da PMA Débora Nogueira da Silva até esta terça. Na data presente ele foi encaminhado para o Cras da capital, onde será avaliada as possibilidades dele ser reintroduzido à natureza.

O que fazer em casos de acidentes

Diante da ocasião, a PMA reforça a orientação aos motoristas para realizar o socorro do animal, em caso de ainda estar vivo, e de remoção da pista de rolamento para quando o animal já está sem vida.

“Que as pessoas parem em local seguro, veja se o animal está vivo, faça o socorro. Se estiver vivo, leve para um órgão público para tomar as providências, ligue para a Polícia Ambiental para ter um socorro ao animal. Se o animal estiver morto, retirar da pista de rolamento, principalmente os animais grandes que podem provocar um outro acidente”, pontua o tenente-coronel.

A PMA orienta às pessoas, que não existe crime ao atropelar um animal sem intenção. “É uma das orientações que a gente faz com relação a atropelamento de animais. Muitas pessoas atropelam os animais e às vezes o animal nem morrem, poderiam socorrer, mas ficam com medo de ser crime”, reforça Queiroz.

Para contato, ligue no número: (67) 3357-1501. O Corpo de Bombeiros também podem ser solicitados, basta ligar para o 193.

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