O C6 Bank afirmou que a usuária do banco virtual que teve o sobrenome trocado por “vagabunda” no cartão de crédito teria pedido o cartão com a ofensa.
A mulher, de 29 anos, entrou com uma ação por danos morais e um pedido de indenização de R$ 50 mil pelo xingamento. Ela nega a acusação.
Em nota, o C6 Bank detalhou que a mulher fez o acesso no aplicativo, solicitou o novo cartão e autenticou a transação com senha, “sem interferência de nenhuma pessoa no processo”. Leia a nota do banco na íntegra mais abaixo.
Por outro lado, a cliente do banco virtual não vê o “porquê” de ter pedido o próprio cartão com o sobrenome trocado por um xingamento.
Em conversa com o g1, a mulher detalha que possui conta no C6 Bank há mais de um ano. Segundo ela, o cartão foi recusado por duas vezes, mesmo com dinheiro na conta. Após as tentativas de compras frustradas, a mulher decidiu emitir outro cartão.
O que diz o banco
Em nota, o C6 Bank, banco que enviou o cartão, disse que acompanha o processo e que se coloca à disposição para reemitir o cartão.
Leia o posicionamento abaixo:
“Checamos os logs de acesso ao nosso app e, segundo os registros, o pedido do cartão com o nome foi feito pelo aplicativo da usuária, em transação autenticada por senha, sem interferência de nenhuma pessoa no processo. A cliente poderá fazer a reemissão do cartão sem nenhum custo”.
Entenda o caso
Uma mulher, que preferiu não ser identificada, teve o sobrenome trocado pelo xingamento de “vagabunda” no cartão de crédito. A vítima, de 29 anos, entrou com processo por danos morais e pede indenização de R$ 50 mil pela situação vexatória.
Ao receber a correspondência, em Campo Grande, a mulher disse ter ficado completamente constrangida. O g1 conversou com o advogado Ederson Lourenço, que representa vítima no processo.
“A minha cliente me procurou logo depois que recebeu o cartão. Ela me disse que estava em casa em uma confraternização com amigas e tinha deixado para abrir o envelope em que o cartão estava depois do serviço. Quando abriu o papel, leu ‘vagabunda’ no cartão, ela disse ter começado a dar risada, mas depois se deu conta do que tinha acontecido”, detalha o advogado.
Lourenço detalhou que a cliente havia pedido o cartão de crédito e dois dias depois o objeto chegou. Até então, na correspondência, o nome da mulher estava correto, a surpresa maior foi quando abriu e viu o xingamento no cartão.
O advogado descreve o caso como “humilhante e vexatório”.