O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), decide nesta terça-feira, 5, se autoriza a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar o suposto gabinete paralelo do Ministério da Educação.
Pacheco agendou uma reunião com líderes partidários para discutir a abertura da CPI às 9 horas da manhã. O parlamentar pretende ler o requerimento de instalação também nesta terça no plenário da Casa. Depois desse procedimento, senadores ainda podem adicionar ou retirar as assinaturas de apoio à investigação até meia-noite. O trabalho da CPI só começa efetivamente após a indicação dos membros pelos líderes partidários.
A oposição espera começar a apuração, com audiências, convocações e quebras de sigilo, em agosto, no mesmo mês de início da campanha eleitoral. Já os governistas querem adiar o funcionamento da comissão para depois das eleições, em uma tentativa de evitar desgastes ao Planalto.
A CPI busca investigar o esquema de distribuição de verbas e controle da agenda do Ministério da Educação. Os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura intermediavam encontros do ex-ministro Milton Ribeiro com prefeitos, e cobravam propina em troca de liberação de recursos da educação para prefeituras. Os três foram presos pela Polícia Federal e liberados por decisão da Justiça.